A perseguição religiosa na Índia é uma das mais acirradas do mundo, com o país ocupando a 10ª colocação no ranking mundial da organização Portas Abertas. Diante deste cenário, missionários têm utilizado as mais diversas estratégias de evangelismo, incluindo a alfabetização.
Apesar de ser um dos países do BRICS, grupo que compõe os grandes mercados emergentes do planeta, como o brasileiro, a Índia possui uma população onde há registro de extrema pobreza e analfabetismo, o que terminou virando uma oportunidade para os missionários.
Segundo a Mission Network News, além do ensino básico de escrita, leitura e matemática, os evangelistas também dão aulas de finanças pessoais, higiene, nutrição, desenvolvimento de pequenas empresas e até de agricultura familiar.
A ideia, entretanto, é mostrar que a ação social é só uma consequência natural do amor de Jesus Cristo, meio pelo qual a Palavra de Deus é anunciada, também, por meio da assistência humana.
“O objetivo todo realmente é apresentar às pessoas o amor de Jesus e mostrar quem Ele é e o que Ele fez por elas”, disse Erik, um dos missionários que integram o projeto, citando a passagem bíblica contida em João 10.10, onde está escrito: “Jesus disse: Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância.”
“Na Mission Índia, nos concentramos numa transformação completa daqueles a quem servimos”, explicou o representante dos missionários, afastando algumas ideias de que a pregação do Reino de Deus apresenta apenas uma perspectiva espiritual e futura.
Para Erick, o amor de Deis se mostra, também, nas atitudes humanas, como através da solidariedade. “Jesus cuidou para que as pessoas aguardassem a eternidade, mas que também tivessem uma vida plena aqui na Terra”, disse ele.
Por fim, o missionário acredita que apesar de todas as ações serem importantes, a alfabetização tem sido mais significativa, visto que a leitura permite uma expansão maior do conhecimento, como o da Palavra de Deus.
“Buscamos gerar um impacto na vida das pessoas em todos os nossos programas, mas principalmente em nossas aulas de alfabetização para adultos”, conclui.