Um grupo de extremistas muçulmanos realizou um ataque a uma igreja cristã copta na região de Gizé, a aproximadamente 100 quilômetros da cidade do Cairo, capital do Egito, e destruiu o interior do templo.
O incidente foi registrado às vésperas da celebração do Natal -comemorado pelos copta no começo de janeiro- e teria sido motivado pelo inconformismo dos muçulmanos com uma suposta reforma que faria a instalação de um sino no templo.
O ataque reuniu aproximadamente uma centena de adeptos do islamismo e deixou três cristãos feridos em estado grave.
De acordo com informações do portal Egypt Independent, a diocese copta de Atfih relatou que os extremistas invadiram a igreja de al-Amir Tadros gritando palavras de ordem contra a fé cristã e pela demolição do templo, que funciona no local há 15 anos mas ainda não possui toda a documentação oficial para funcionar.
Como os cristãos no Egito são minoria da população, o governo tende a impor burocracias demasiadas quando um templo é aberto. Há relatos de que essa igreja em especial foi construída em 2002 para atender a demanda de fiéis na região, e houve um acordo entre lideranças muçulmanas e copta.
De acordo com os muçulmanos, esse acordo previa que o templo seria pequeno, apenas dedicado às orações, sem a exibição de cruzes ou sinos no exterior, e que por isso, a instalação do artefato teria incitado os extremistas à vandalização da igreja.
Por outro lado, os líderes cristãos da igreja al-Amir Tadros garantem que não havia um plano de instalar um sino no templo, e que o tumulto foi resultado de um boato espalhado pelos radicais que incitaram o ataque. No dia 25 de dezembro a Polícia prendeu 17 suspeitos, apontados como responsáveis pelo crime, incluindo os três cristãos feridos, que foram acusados de incitação.