De Papua Nova Guiné vem a inspiração e motivação para o Dia Mundial de Oração, que será celebrado na sexta-feira, 6. Mulheres de sete igrejas desse país do Pacífico Sul refletiram sobre o tema “Somos muitos membros, mas um só Corpo”.
Integrado por mais de 600 ilhas, perfazendo 462,8 mil quilômetros quadrados, Papua Nova Guiné tem 6 milhões de habitantes, dos quais metade tem menos de 18 anos.
Três são as línguas oficiais do país– o inglês, o tok pisin, idioma comum, e o motu, uma língua indígena – além de outros 800 idiomas independentes, alguns deles falados em pequenas comunidades.
A constituição política, promulgada em 1975, faz referência às culturas tradicionais do país e a princípios cristãos. Em Papua Nova Guiné, 97% das terras são propriedade comunitária, do povo, e não podem ser vendidas.
Mais de 80% da população trabalham na agricultura, no cultivo de coco, cacau, café. Mulheres são as principais produtoras, enquanto aos homens cabe a tarefa de vender os produtos da terra em feiras nas cidades. A taxa de analfabetismo entre as mulheres é elevada, chega a 60% da população rural.
Em 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) do país somou 4,1 bilhões de dólares, 418 dólares per capita. Mineração e exploração de madeira são responsáveis pelo superávit do balanço comercial de Papua Nova Guiné.
Mas o país não está livre do desemprego, drogas, alcoolismo, má distribuição da renda. No campo educacional, 30% das crianças em idade escolar estão fora das salas de aula. Mais de um terço dos jovens não conclui os estudos e apenas 1% da população terminam o Terceiro Grau.
A falta de oportunidades no campo faz com que jovens migrem para cidades, mas apenas 10% conseguem emprego. Muitos deles se organizam em bandos, vivem de furtos.
Aumenta o consumo de drogas e álcool. O país não dispõe de um sistema de seguro social que apóie os desocupados. Também não conta com sistema público de assistência, pensão e saúde. Os filhos são o seguro social dos pais.
Censo de 1990 indicou que 90% da população de Papua Nova Guiné declararam-se cristã. Mais de um terço dos cristãos integram a Igreja Católica Romana.
Mulheres católicas, luteranas, batistas, metodistas, anglicanas e do Exército da Salvação trabalharam a liturgia do Dia Mundial de Oração levando em conta o quadro sócio-político-econômico de Papua Nova Guiné, para que mulheres dos cinco continentes possam conhecer melhor a realidade desse país insular da Oceania.
O Dia Mundial da Oração é um movimento que reúne mulheres cristãs de diferentes tradições, em 170 países. Elas reservam a primeira sexta-feira do mês de março para a reflexão e oração.
As origens do movimento remontam ao século XIX, quando, em 1812, mulheres dos Estados Unidos e do Canadá deram início, através da oração, a atividades de apoio à missão interna e no exterior.
Mesmo sofrendo resistência de grupos missionários, compostos exclusivamente por homens, mulheres fundaram, em 1861 e nos anos seguintes, grupos femininos voltados à missão.
Em 1887, mulheres presbiterianas convocaram um dia mundial de oração pelas missões nacionais e mulheres metodistas o fizeram pelas missões estrangeiras. Em 1895, anglicanas do Canadá iniciaram um dia de intercessão comunitária pelas missões.
Depois da I Guerra Mundial, mulheres viram que a paz mundial estava relacionada com a missão. Em 1926, mulheres da América do Norte distribuíram a liturgia de culto comum. Nascia, assim, o Dia Mundial de Oração. Em 1969, a União Mundial de Organizações Católicas Femininas passou a participar do Dia Mundial.
No Brasil, o Dia Mundial de Oração chegou em 1938, através de mulheres da Igreja Presbiteriana do Brasil, que depois receberam a adesão de metodistas, luteranas, católicas e de outras denominações.
Fonte: ALC / Gospel+