Na Alemanha, gangues formadas por imigrantes árabes e norte-africanos, todos muçulmanos, atacaram sexualmente dezenas de mulheres na noite de réveillon na cidade de Colônia, e agora, semanas depois, um imã (líder religioso muçulmano) fez declarações colocando a culpa dos abusos nas vítimas.
Na ocasião, a Polícia local registrou 90 queixas, entre denúncias de assédio e estupro, contra imigrantes muçulmanos que escolhiam os arredores da estação central da cidade para fazer suas vítimas.
Agora, com o debate sobre a decisão do governo alemão em dar abrigo aos imigrantes ficando acalorado no país, um imã resolveu defender os muçulmanos afirmando que os ataques aconteceram porque as mulheres usavam perfumes e vestidos provocativos.
Sami Abu-Yusuf, imã de uma mesquita salafista na cidade de Colônia, classificou o episódio como uma “falha das garotas”, que saíram às ruas para celebrar o ano novo perfumadas e “seminuas”, com a intenção de jogar “lenha na fogueira”.
A declaração foi dada durante uma entrevista a uma emissora russa, de acordo com informações do site espanhol La Información. “Não foi surpresa que os homens as atacassem”, disse o líder muçulmano.
Segundo informações do G1, as autoridades da cidade investigam se os ataques sexuais foram organizados através da internet, por conta do número expressivo de suspeitos: cerca de mil homens. Um vídeo publicado no YouTube mostra uma aglomeração de pessoas em frente à estação central de Colônia.
O chefe da polícia da cidade afirmou que os casos de assédio e estupro são “intoleráveis” e que são “crimes de uma dimensão totalmente nova”, devido ao grande número de suspeitos. A primeira-ministra do país, Angela Merkel, uma das maiores defensoras da recepção dos imigrantes em fuga do Estado Islâmico, expressou repúdio pelos incidentes e exigiu que os culpados sejam identificados e processados.