Em uma crise econômica sem precedentes, onde mais de 12 milhões de desempregados, crise na segurança, saúde, infraestrutura e escândalos de corrupção compõem um cenário preocupante e vergonhoso do país no exterior, o Brasil ainda assim resolve “politizar” sua relação diplomática acatando o projeto da ONU para refugiados islâmicos em um discurso da nova Ministra dos Direitos Humanos.
É o que ficou sugerido no primeiro discurso de Luislinda Valois (PSDB), desembargadora aposentada que tomou posse na sexta-feira (3) como nova Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, ao concordar com as decisões da ONU em relação a política migratória das nações:
“A mensagem que trago é essa: o Brasil está de volta, de forma plena e absoluta. Depois de um difícil processo político, o Brasil se levanta para mostrar ao mundo a robustez de nossas instituições. Nosso apego a lei, a justiça, e acima de tudo; o caráter aberto e democrático de nossa sociedade e de nosso sistema político”, disse ela na 34ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na última sexta feira.
A ministra chamou a refletir sobre uma “globalização inclusiva”, visando uma visão futura sobre os “marginalizados” e “excluídos”, em sintonia com a orientação da ONU sobre a crise dos refugiados: “as vozes da exclusão e da intolerância se equivocam. O que nossos povos almejam é uma globalização inclusiva, com resultados concretos, positivos e para todos. Sem nenhuma exclusão sequer”, disse ela.
Sob a perspectiva de solidariedade e “direitos humanos”, o Presidente Michel Temer visa facilitar a aceitação de estrangeiros no Brasil, por exemplo, como os refugiados islâmicos, alterando as leis que regem o controle de imigrantes do país, para facilitar aquisição do visto humanitário:
“O Brasil, nos últimos anos, recebeu mais de 95 mil refugiados, de 79 diferentes nacionalidades. Temos plena consciência de que o acolhimento de refugiados é uma responsabilidade compartilhada. Estamos engajados em iniciativas de reassentamento de refugiados de nossa região, com especial atenção para mulheres e crianças. Em nosso país, mesmo antes do reconhecimento de sua condição migratória, os refugiados têm acesso universal a emprego e a serviços públicos de educação e saúde.”, disse Temer, segundo informações do Planalto.
A crise dos refugiados teve um grande salto devido a perseguição religiosa patrocinada pelo Estado Islâmico, que tenta impor nas regiões ocupadas o regime da “sharia” baseado na doutrina muçulmana radical. O grande receito de países como os Estados Unidos em facilitar a entradas dos imigrantes é a infiltração de terroristas junto com os refugiados, aumentando o risco de atentados e o radicalismo religioso local.