O livro “Nada a Perder”, do bispo Edir Macedo, alcançou a liderança de livros mais vendidos no país, superando o best-seller mundial “50 Tons de Cinza” e a biografia de grandes personalidades, como Steve Jobs, fundador da Apple, e Eike Batista, empresário mais rico do Brasil.
O lançamento do livro na Argentina registrou um recorde de vendas num único dia, segundo informações da revista IstoÉ. Somente no dia 17/11, em apenas dez horas, haviam sido vendidos 56,3 mil exemplares do livro, revelou o gerente da livraria El Ateneo, em Buenos Aires.
O sucesso, segundo Leonildo Silveira Campos, professor de pós-graduação em ciências da religião da Universidade Metodista de São Paulo, se deve ao fato de a Igreja Universal ter muitos fiéis: “Um líder carismático tende a agregar pessoas e qualquer coisa que ele lançar será disputada por seus admiradores”, observa.
-Vivemos em uma sociedade que gera tristeza e depressão. Com isso, as pessoas buscam falas confortantes como as que são feitas por Edir Macedo – pondera João Batista Libanio, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte, MG.
No livro, uma das revelações que Macedo faz está ligada à infância. O líder da IURD alega ter sofrido bullying por causa de uma deficiência nas mãos: seus dedos indicadores são tortos, os polegares finos, e todos possuem pouco movimento: “Muitas vezes senti um certo complexo de inferioridade, me considerava o patinho feio da escola e até da família. Sempre fui motivo de zombaria. Muitos adultos e meninos da minha idade me chamavam de dedinho”, afirma o bispo.
Sobre o episódio em que ficou preso sob acusação de charlatanismo, Edir Macedo afirma que apesar da cela especial, não foi fácil suportar os dias de detento: “Na cadeia o ar pesava. O cheiro forte incomodava. Foi possível entender a revolta da população carcerária no Brasil”, revela.
O livro “Nada a Perder” é o primeiro de uma trilogia. Os próximos volumes serão lançados em 2013 e 2014, e trarão detalhes do crescimento da Igreja Universal e da aquisição da TV Record.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+