Um médico cristão decidiu compartilhar sua experiência dos anos em que atua como neurocirurgião e aconselha pacientes que, muitas vezes, têm diagnósticos negativos. Ele escreveu um livro para mostrar que a fé é uma arma contra doenças consideradas terminais.
W. Lee Warren costumava concluir que o diagnóstico de um tipo específico de tumor cerebral, chamado glioblastoma, era o mesmo que uma sentença de morte breve. “É o fim”, costumava pensar o neurocirurgião.
Cristão, o médico se viu em uma encruzilhada a certa altura de sua carreira, por considerar que estava cada vez mais difícil continuar dizendo, honestamente, aos pacientes para manterem a esperança e continuassem orando quando parecia que Deus não respondia suas orações.
Numa entrevista à Fox News, Warren contou que decidiu escrever o livro I’ve Seen the End of You (“Eu vi seu fim”, em tradução livre) para compartilhar uma reflexão de esperança para os momentos em que a dúvida e a fé caminham lado a lado.
“Como cristão, eu também acreditava que devemos orar e manter o espírito alto e acreditar que Deus pode nos ajudar […] E então eu tinha esse tipo de fé versus enigma científico entre coisas que eu acreditava e coisas que sabia. E assim começou a exploração de como aconselho as pessoas e como tento ajudá-las, quando acho que já conheço o resultado”, afirmou o neurocirurgião.
Warren crê que Deus cura milagrosamente, e também age para que a cura ocorra através da mente de profissionais médicos como ele. No livro, ele narra as histórias de pacientes que o afetaram e finalmente o ensinaram enquanto ele lidava com estas grandes questões: fé e ciência.
Em 2013 ele passou um momento de extrema dificuldade, pois ele vinha se dedicando a resolver esse conflito interno através da compreensão sobre a maneira como as pessoas enfrentam as adversidades, e no meio dessa fase, seu filho adolescente morreu.
“Passei de observar as respostas de outras pessoas a coisas difíceis, para experimentar as minhas próprias. E essa experiência meio que reformulou tudo o que eu pensava saber sobre como ajudar as pessoas. E assim o livro realmente saiu de tudo isso – de aprender a encontrar nossos próprios pés e fé novamente depois de perder um filho e depois aprender a ser um médico melhor para as pessoas nas coisas mais difíceis com as quais lidam”, explicou.
Uma das convicções que Warren tem hoje é que “tumores cerebrais não são a doença mais mortal, a desesperança é”, e aconselha as pessoas a nunca desistirem: “Quando você perde a esperança, você realmente perde tudo – mesmo se você sobreviver. Então, o importante é que este livro lhe dará algumas ferramentas para encontrar esperança novamente se você sentir que está perdido no escuro”, finalizou o especialista.