Às vésperas da estreia do terceiro e último filme da saga “O Hobbit”, que precede a trilogia “O Senhor dos Anéis”, uma empresa anunciou que instalaria um “Olho de Sauron” no alto de uma torre em Moscou, na Rússia, o que instigou a ira dos líderes da Igreja Ortodoxa do país.
“O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos” estreia nesta sexta-feira, 12 de dezembro, na maioria dos países (o Brasil é uma exceção, pois alterou recentemente os dias de estreias de sexta para quinta-feira), e não será diferente na Rússia.
Interessada em promover uma celebração pela estreia do filme, a empresa Hals Development anunciou que um grupo de designers havia desenvolvido uma maneira de expor o “olho que tudo vê” usando tecnologia 3D. A ideia é que o olho fique aceso por sete horas, no topo do prédio de 21 andares que é sede da empresa.
A Igreja Ortodoxa Russa reagiu ao anúncio e afirmou que a instalação do “Olho de Sauron” trará maldição sobre a capital do país: “Este é um símbolo demoníaco. Tal símbolo do triunfo do mal está se levantando sobre a cidade, tornando-se praticamente o objeto mais alto da cidade. Isso é bom ou ruim? Eu temo que seja ruim. Não se surpreendam se algo der errado com a cidade mais tarde”, disse Vsevolod Chaplin, porta-voz da Igreja Ortodoxa Russa, em entrevista à rádio Govorit Moskva.
Nos livros do autor cristãos J. R. R. Tolkien que narram as aventuras da fictícia Terra-Média, o “Olho de Sauron” é a representação do mal, em resumo. A jornada dos heróis descritos nos livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis passa por derrotar as forças associadas ao mal representado pelo “olho que tudo vê”, uma criação de Sauron, o “senhor das trevas”.
De acordo com informações do jornal inglês The Guardian, a empresa que desenvolveu sua versão do olho assegurou que não o fez por questões de marketing, mas foi motivada apenas pelo desejo de homenagear os filmes.