O filme A Bela e a Fera despertou repúdio nos cristãos ao redor do mundo pela inclusão da homossexualidade como tema a ser retratado em um longa-metragem originalmente infantil. Agora, em resposta aos protestos, o diretor responsável afirmou que tem o desejo de rasgar as páginas da Bíblia.
Bill Condon, diretor do novo filme da Disney – que vem quebrando recordes de arrecadação em bilheteria – foi entrevistado para comentar seu trabalho e aproveitou a oportunidade para expressar seu desprezo pela Bíblia Sagrada.
À revista Passport, Bill Condon afirmou que desejava ter coragem de rasgar as páginas da Bíblia, imitando o ator gay Ian McKellen, britânico, conhecido pela interpretação de personagens icônicos no cinema, como Magneto, na saga X-Men, e Gandalf, nos filmes O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
A fala de Condon foi motivada por uma pergunta do entrevistador, que gostaria de saber o que ele faz todas as vezes que entra em um quarto de hotel: “Gostaria de poder dizer que sou como Ian McKellen e imediatamente arrancar páginas da Bíblia, mas parece que não há Bíblias nos quartos dos hotéis onde estou me hospedando estes dias”, disse ele.
Há 10 anos, Ian McKellen admitiu em entrevista a uma revista LGBT que rasgava páginas da Bíblia nos hotéis onde se hospedava, como forma de combater a homofobia: “É uma prática que eu acho difícil de defender, mas continuo fazendo”, disse à época, sarcástico.
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Bill Condon – que teve a iniciativa de transformar o personagem LeFou em homossexual e colocá-lo para expressar sua atração pelo protagonista do filme, Gaston – aproveitou a oportunidade da entrevista à revista Passport para reagir aos boicotes à A Bela e a Fera e evidenciar seu desrespeito à fé de bilhões de pessoas.