Uma das grandes preocupações da comunidade cristã no mundo diz respeito à garantia da liberdade religiosa, algo que mesmo nos países considerados democráticos tem sido alvo de violações, por exemplo, através de decisões judiciais que ferem o direito à livre pregação.
Diante disso, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, fez um pronunciamento recente em defesa do direito à liberdade religiosa, ressaltando que se trata de uma garantia universal cuja violação é “inaceitável”.
“A liberdade religiosa não é um direito de segunda classe; não é uma liberdade que vem depois de outras ou mesmo pode ser posta de lado em benefício de novas, chamadas liberdades ou direitos”, declarou a primeira-ministra.
A fala de Meloni é como uma resposta à publicação de um artigo de Victor Madrigal-Borloz, especialista independente em proteção contra a violência e discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero, numa coluna da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em seu texto, Borloz disse que a liberdade religiosa não deve estar acima dos direitos reivindicados pela comunidade LGBT+. Na prática, isso significa que igrejas não deveriam, por exemplo, pregar contra o pecado da homossexualidade, já que isso pode ser considerado “homofóbico”.
“Inaceitável”
Meloni, por sua vez, lembrou que a liberdade religiosa é um direito fundamental da humanidade, pois diz respeito à subjetividade humana no tocante à fé, algo que apesar de intrínseco à natureza do ser humano, tem sido alvo de violações em diferentes países e por diversos motivos.
“Acontece que inúmeros homens, mulheres e crianças não só sofrem a dor de se verem privados do direito de professar sua fé, mas também a humilhação de serem ignorados. Isso é duplamente inaceitável porque manter silêncio sobre a negação da liberdade religiosa é equivalente a cumplicidade”, disse ela em seu pronunciamento.
A primeira-ministra da Itália, por fim, concluiu dizendo que o respeito ao próximo inclui a aceitação do “outro” com suas próprias diferenças, o que implica em respeitar o modo como esse outro professa a sua fé, assim como quem defende um pensamento contrário a ela.
“Somente se você souber quem você é, poderá dialogar com o outro, respeitá-lo, conhecê-lo e enriquecer esse diálogo”, conclui a conservadora cristã Meloni, segundo informações do Breitbart.
Giorgia Meloni, nova premiê italiana, é antiesquerda: ‘Deus, pátria e família’