A autora da novela Os Dez Mandamentos, Vivian de Oliveira, comemora o sucesso da história que foi escalada pela Record para contar. A aposta no projeto inédito e ousado veio acompanhada do desafio de contar a narrativa bíblica sobre Moisés e o povo hebreu de forma interessante.
“Muita gente que não assistia à Record está assistindo. O retorno tem sido positivo. No começo teve um preconceito até por parte dos atores, mas depois todo mundo viu que era teledramaturgia. Hoje quem está de fora quer fazer parte”, pontua Vivian de Oliveira, em entrevista à coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo.
Vivian, que é cristã protestante, acredita que a Bíblia Sagrada “inspiração de Deus”, mas garantiu que não faz proselitismo em suas histórias, apesar de ter ficado reconhecida justamente pelos projetos bíblicos da Record, como as minisséries A História de Ester, Rei Davi e José do Egito, que são de sua autoria.
“Conto uma história, não imponho religião alguma”, diz a autora, que vê na inovação a razão do sucesso de sua novela: “As pessoas querem coisas diferentes, não novela com barriga, sem dinâmica. Toda vez que alguém vem com história interessante, o público reage favoravelmente. Novela em crise é quando conta mais do mesmo”, afirma, provocando a concorrente Babilônia.
Questionada se é mais fácil contar uma história onde não existem polêmicas, Vivian rebate: “A gente está falando de uma história que tem bebê jogado no rio, apedrejamento de adúltera, quer mais polêmica? Não tem nada confortável ao tratar de temas e preconceitos gravíssimos que havia no Egito. Há questões delicadíssimas até para poder mostrar nesse horário. Temos o mesmo olhar cuidadoso de um autor de história contemporânea”, conclui.
O orçamento de Os Dez Mandamentos chega a R$ 105 milhões, e com o sucesso do folhetim, a Record já avisou Vivian de Oliveira que ela está escalada para um próximo projeto semelhante, em 2016, que contará a formação das 12 tribos de Israel.