A pandemia do novo coronavírus trouxe prejuízos físicos para milhões de pessoas, afetando a saúde e até ceifando vidas, mas também danos de ordem econômica que são sentidos em todos os setores da sociedade, incluindo as Sociedades Bíblicas espalhadas pelo mundo.
A Sociedade Bíblica foi fundada em 1804 por cristãos ingleses, e na época era chamada de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.
Desde então a organização criada com o propósito de traduzir, imprimir e espalhar a Bíblia Sagrada pelo mundo cresceu e atualmente atua em mais de 200 países, incluindo o Brasil, através da Sociedade Bíblica Brasileira.
Mas, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, estas entidades não ficaram livres de serem afetadas, pois em alguns países mais pobres, como Jordânia, Burkina Faso e Egito, a venda das bíblias é o único meio de manutenção da organização.
Como foram adotadas regras de isolamento social, o fechamento das igrejas e das próprias sociedades bíblicas impediu o acesso da população às bíblias. A compra online também não é fácil nessas regiões, agravando a situação.
“Se essas Sociedades Bíblicas fecharem, enfrentaremos uma situação em que a Bíblia não será distribuída em alguns países e haverá um grande risco de as comunidades cristãs não terem acesso à Bíblia”, disse Oldi Morava, Diretor de Missão Internacional para a A Sociedade Bíblica, na Inglaterra.
Pensando em socorrer as sociedades bíblicas em situação crítica, a unidade da Inglaterra criou uma campanha de arrecadação para levantar 5 milhões de libras. O dinheiro será enviado à Gâmbia, Sri Lanka e Costa Rica, que estão precisando com urgência da ajuda.
“As sociedades bíblicas operam há mais de 200 anos. Passamos por duas guerras mundiais e a pandemia de gripe de 1918. Sempre fomos capazes de continuar. Seria terrível se algumas sociedades bíblicas em todo o mundo tivessem que fechar agora por causa da pandemia de coronavírus”, explicou Morava, segundo o Evangelical Focus.