A perseguição religiosa aos cristãos na China avança em uma escala de intolerância cada vez maior, e não apenas contra os seguidores de Jesus Cristo, mas também contra fiéis de outras religiões.
Novas denúncias reforçam outras que já foram feitas sobre a real intenção do Partido Comunista da China, que é assumir o lugar de Deus nos corações e mentes dos chineses, fazendo-os adorar os líderes do regime político acusado de perseguir, torturar e até matar cristãos.
Segundo informações da agência de vigilância de direitos humanos Bitter Winter, especializada em assuntos da China, cristãos estão tendo suas igrejas invadidas por agentes do governo, sofrendo ameaças e perdendo até doações de dízimos e ofertas.
Em um caso recente, um grupo de oficiais da cidade de Leiyang, na província central de Hunan, invadiu uma igreja doméstica, destruíram versículos da Bíblia que estavam nas paredes e confiscaram a caixa que guardava às doações dos fiéis.
Eles alegaram que à ação seria “o resultado de sua desobediência” e que era “ilegal realizar reuniões religiosas sem permissão” no país. Caso semelhante ocorreu em maio, na cidade de Yongzhou. Na ocasião, os policiais disseram que não é permitido “realizar reuniões ilegais sem permissão”. Eles também levaram pertences da igreja, além de bíblias.
“Não violamos nenhuma lei crendo em Deus, mas o governo nos trata assim”, disse um cristão local, segundo o Christian Post. Ele não teve o nome divulgado por questão de segurança.
“O governo quer eliminar todas as religiões e nos ameaça com o futuro de nossos familiares, forçando-nos a desistir de nossa crença”, destacou o informante. De fato, o Partido Comunista da China tem ameaçado os cristãos até com a retirada de direitos, como o da adoção.
“Eles não apenas nos ameaçaram, adultos normais, membros normais da igreja, mas também ameaçaram nossos filhos”, explicou o membro de uma igreja local chamado Liao Qiang, conforme já noticiado pelo Gospel Mais.
O cristão denunciante decidiu sair da China com a sua família para viver no Taiwan, a fim de não perder a guarda dos filhos adotivos.
“Alguns de nossos membros adotaram crianças, e o Governo enviou à força as crianças adotivas de volta à família original. Essa é a principal razão pela qual fugimos da China. Porque não podemos garantir que nosso filho adotivo não seja levado por eles”, disse ele.