O Papa Bento XVI afirmou ontem, 24 de fevereiro, que o motivo de sua renúncia está exclusivamente ligado á vontade de Deus, negando assim, que os motivos que o levaram a abrir mão do cargo tenham sido escândalos internos no Vaticano.
Durante sua última missa dominical proferida pelo pontífice, Bento XVI usou linguagem metafórica para explicar sua renúncia: “O Senhor me chama a subir a montanha para me dedicar mais ainda à oração e à meditação. Mas isso não significa abandonar a igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso é justamente para que eu continue servindo à igreja na mesma direção, com o mesmo amor, mas de um modo mais adequado à minha idade e minha saúde”.
A Praça de São Pedro recebeu milhares de fiéis que foram ao Vaticano acompanhar o último sermão proferido pelo primeiro Papa a abdicar do cargo por vontade própria.
Na quarta-feira, 27 de fevereiro, o Papa deverá voltar à Praça de São Pedro para acompanhar uma cerimônia, e no dia seguinte, se reunirá com os cardeais antes de deixar a sede do Vaticano às 20h00.
Os cardeais que elegerão o próximo Papa se despedirão de Bento XVI e o Vaticano entrará em um período de “Sé Vacante”, uma espécie de recesso, para que os eleitores meditem sobre suas escolhas e depois definam o novo pontífice durante as reuniões que ocorrerão na Capela Sistina.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+