O Papa Francisco chamou atenção da imprensa mundial ao responder uma carta enviada por cinco cardeais a ele em 10 de julho passado. O documento, dentre outros objetivos, faz parte do diálogo entre a cúpula da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) que servem como preparativo para o próximo Sínodo, previsto para ocorrer entre os dias 4 e 29 desse mês.
Em sua resposta, o líder máximo da Igreja Católica deu a entender que é possível abençoar uniões homoafetivas, o popular “casamento gay”, mas não nas mesmas condições da bênção conferida ao casamento entre homem e mulher.
“Não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam, excluem. Portanto, a prudência pastoral deve discernir adequadamente se existem formas de bênção, solicitadas por uma ou mais pessoas, que não transmitam um conceito errôneo de matrimônio”, respondeu o Papa.
Na sequência, Francisco contextualizou a sua opinião, explicando que pode existir um tipo de bênção cujo significado não seja o de apoio, mas apenas de acolhimento humano, no sentido de querer ajudar os que recorrem a Deus.
“Quando se pede uma bênção, está se expressando um pedido de ajuda a Deus, uma súplica para poder viver melhor, uma confiança em um Pai que pode nos ajudar a viver melhor”, disse o líder católico, segundo o Metrópoles.
Repercussão
Nas mídias sociais e também em veículos de imprensa, as palavras de Francisco foram rapidamente retratadas como um endosso à união entre pessoas do mesmo sexo. No começo deste ano, porém, Papa Francisco deixou claro que a ICAR trata o homossexualismo como pecado.
“Ser homossexual não é crime”, disse ele ao condenar países que ainda criminalizam a relação entre pessoas do mesmo sexo. “Não é crime, mas é um pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir um pecado de um crime. Também é pecado não ter caridade com o próximo”, completou. Confira na matéria abaixo:
“Ser homossexual não é crime, mas é um pecado”, diz Papa Francisco