O papa Francisco afirmou que um cristão que não ama a virgem Maria é um órfão, e disse ficar muito triste quando um fiel afirma que não pede a ela que interceda junto a Deus.
A afirmação de Francisco, que vem sendo considerado o papa de maior diálogo com outros segmentos cristãos, reconheceu em outras oportunidades que determinadas questões na Igreja Católica não são dogmas de fé, como por exemplo, o celibato dos padres.
No entanto, grande parte da mídia cristã internacional se surpreendeu com o conservadorismo de Francisco na afirmação sobre a virgem Maria, que na liturgia católica, desenvolve o mesmo papel que o Espírito Santo, intercedendo a Deus pelos devotos que se dirigem a ela.
“O cristão que não sente que a virgem Maria é a sua mãe é um órfão”, publicou o papa em seu Twitter oficial. Na sequência, o pontífice acrescentou que a comunhão é um importante fator para viver a fé na prática: “Em nossas catequeses, temos muitas vezes notado que não se torna um cristão por conta própria, mas por ter nascido e alimentado na fé no meio do povo de Deus, que é a igreja. Ela é uma verdadeira mãe que dá a nós vida em Cristo e na comunhão do Espírito Santo, nos leva a uma vida comum com nossos irmãos e irmãs”.
Esse relacionamento de comunhão deve ser baseado em obediência, disse o papa: “Como é a minha relação com estas duas mães que eu tenho? Com a Igreja Matriz e a mãe Maria. Este não é um pensamento de piedade, não, é uma teologia pura. Esta é a teologia. Como é que a minha relação com a Igreja, minha Mãe Igreja, a hierarquia da Santa Madre Igreja? E como é a minha relação com a virgem, que é a minha mãe?”, escreveu aos fiéis católicos, propondo uma reflexão.
“Quando um cristão me diz que ele não ama a virgem, me entristece. Um cristão sem a virgem é órfão. Também um cristão sem uma igreja é um órfão. É uma necessidade dos cristãos essas duas mulheres, duas mulheres mães, duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus”, concluiu o papa.
A repercussão entre os cristãos evangélicos foi negativa, com destaques para as passagens bíblicas que enfatizam, em primeiro lugar, a ordenança de não fazer imagens de escultura e não reverenciá-las, e em segundo, o papel do Espírito Santo, descrito por Jesus como o Consolador.