Duas mulheres acusam um pastor de Cuiabá (MT) de importunação sexual e afirmam que a direção da igreja onde o líder evangélico atua se comportou de maneira omissa.
A Polícia Civil de Cuiabá investiga a acusação de duas mulheres, uma de 43 anos e outra de 17, teriam sido assediadas por um pastor da Igreja Batista Nacional do Tijucal e esse comportamento inadequado poderia ser enquadrado como importunação sexual.
Segundo a mulher de 43 anos, a situação que ela enfrentou, envolvendo o pastor, ocorreu através do envio de mensagens no WhatsApp. Em seu relato, o líder teria dito diversas vezes que admirava o corpo dela e que tinha “vontade de fazer ‘certas coisas’”.
Essa primeira abordagem teria ocorrido no começo deste ano. Em novembro último, o pastor da Igreja Batista Nacional do Tijucal (IBNT) teria voltado a conversar com ela por mensagens, perguntando se alguma vez ela havia recebido “mensagens indevidas” da parte dele.
De acordo com informações o portal Gazeta Digital, nesta mesma ocasião, o pastor teria demonstrado arrependimento e dito que gostaria de encontra-la pessoalmente para se desculpar.
À Polícia Civil, a mulher afirmou saber de outros casos de assédio envolvendo o mesmo pastor, e relatou que uma adolescente de 17 anos teria sido constrangida por ele em outubro, quando ele teria puxado a jovem pela cintura durante um passeio de ciclismo, acompanhados de outros participantes da atividade.
A acusação envolvendo a menor de idade aponta que o pastor teria pedido à jovem que abrisse a boca para que ele pudesse soprar dentro, o que a deixou incomodada ao ponto de se desvencilhar e abandonar o passeio.
Nos dois casos, a direção da IBNT, na figura de seu presidente, teria sido informada sobre o comportamento inadequado do líder evangélico, mas nenhuma providência foi tomada a respeito das acusações.