Um pastor que “orava pela humanidade” nas dependências de um aterro sanitário em Belo Horizonte (MG) foi agredido violentamente por uma equipe de Policiais Militares que faziam uma ronda no local.
De acordo com um irmão da vítima, é um hábito do pastor entrar no aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), no bairro Conjunto Jardim Filadélfia, parar orar em agradecimento à sua vida e interceder pelas pessoas próximas.
“Ele sempre vai lá agradecer pela sua vida e pela vida da família. Além disso, ele sempre pede proteção para as outras pessoas”, disse Antônio Carlos Gomes da Silva, irmão do pastor.
Segundo informações do jornal O Tempo, a equipe da PM entrou no aterro sanitário com autorização dos seguranças do local e ao encontrar o pastor orando, jogaram sua Bíblia no chão e passaram a agredi-lo com socos e chutes, e depois foram embora.
“Muito machucado, meu irmão conseguiu chegar em casa. Acionamos o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Odilon Behrens, onde foi medicado e liberado. Ele teve cortes na boca”, explicou Antônio.
Enquanto o pastor era socorrido, outra viatura foi acionada e os PMs registraram a ocorrência como lesão corporal. Antônio Carlos afirmou que uma equipe da Corregedoria da Polícia Militar acompanhou o caso, e fará investigações. “Ainda não sabemos o que vai acontecer, mas vamos entrar na Justiça. Esses covardes devem ser punidos. Meu irmão é pai de família, trabalhador e querido por todos. Ele não merecia passar por isso”, desabafou.
A reportagem do jornal O Tempo ouviu a Polícia Civil e constatou que o pastor não tem antecedentes criminais, e que no Boletim de Ocorrência consta a informação de que a Corregedoria da PM foi noticiada do ocorrido.
O tenente-coronel responsável pelo 34º Batalhão, Wanderley Amaro, comentou o caso e limitou-se a dizer que “um processo administrativo será aberto para verificar o caso”.