O pastor Josh Howerton, presidente da Igreja Lakepointe no Texas, Estados Unidos, fez uma dura pregação dias atrás para alertar os cristãos sobre as consequências da omissão diante da falta de posicionamento da igreja perante às questões políticas da sociedade.
De acordo com o líder religioso, o que os cristãos têm visto atualmente não é a mistura de religião com política, no sentido da Igreja estar querendo interferir nos assuntos típicos do universo político, mas sim o contrário!
“O que está acontecendo agora é que a Igreja não está ficando mais política”, disse ele, explicando que, na verdade, é “a política que está ficando mais teológica, e a política está ficando mais espiritual.”
Em outras palavras, segundo o pastor, os cristãos e pastores em geral só estão se envolvendo mais com os assuntos políticos porque os temas de interesse da Igreja como família, liberdade religiosa, sexualidade… ou seja, moralidade em geral, passaram a ser alvos de debates políticos que, na prática, afetam os ensinamentos religiosos.
“Quando o governo passou de [discutir] coisas como construir estradas, emitir carteiras de motorista e ensinar matemática, para coisas como redefinir o casamento, apagar o gênero, reformular o aborto como direitos reprodutivos e, depois, usar o sistema escolar para doutrinar os filhos de todos a acreditar nessas coisas, a Igreja não foi a culpada. Foi a política que fez isso”, disse ele.
Posicionamento necessário
Neste sentido, uma vez que os assuntos que constituem boa parte da base do ensinamento religioso da Igreja passaram a ser escrutinados pelo meio político, sendo muitos deles confrontados por ideologias contrárias à cosmovisão cristã, não resta outra alternativa aos cristãos, senão se posicionar.
“Costumamos dizer em Lakepointe, ‘se a igreja não discipular as pessoas, o mundo vai”, alerta o pastor, seguindo o raciocínio de que, se não houver o posicionamento das igrejas sobre esses temas, o meio secular passará a ditar o que deve ser ou não ensinado pelas religiões.
“Se líderes piedosos, pastores piedosos e vozes piedosas ficarem em silêncio ou se recusarem a ser claros em questões relacionadas com a política e o governo, então as únicas vozes que restarão serão as uniformes [do mundo]”, conclui. Veja também:
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