Quem nunca se deparou com pessoas, incluindo cristãos, demonstrando completo desinteresse pela política e até recusando o direito de votar? O que para muitos pode ser um pensamento legítimo e natural, para o pastor Josh Howerton significa um ato de “rebelião contra Deus”.
Josh Howerton é o pastor presidente da Igreja Lakepointe no Texas, Estados Unidos, e uma pregação feita por ele no domingo do dia 6, intitulada “Como Votar Como Jesus”, chamou atenção da imprensa gospel americana.
Isso porque, segundo o religioso, o direito de votar reflete uma responsabilidade dada pelo próprio Deus para os seres humanos no tocante ao destino da sociedade. Equivalente, em outras palavras, ao dever de tomar decisões sobre o futuro da própria família.
Para fundamentar o seu entendimento, o pastor cita exemplos bíblicos de lideranças que exerceram forte influência nas decisões políticas, e portanto de cidadania, das suas respectivas épocas.
“Você não pode ler a Bíblia sobre Moisés, Daniel, Ester, Natã, Neemias, João Batista, e pensar que a igreja e os pastores devem evitar se dirigir aos líderes governamentais e governamentais. Você simplesmente não pode fazer isso,”, disse ele. “Está tudo em toda a Bíblia.”
Ou seja, não apenas o direito de votar, como também a influência sobre o destino dos votos, seriam elementos naturais da vida cristã, motivo pelo qual não devem ser desprezados. No caso dos personagens bíblicos citados pelo pastor, cada qual exerceu o seu papel conforme o contexto da sua geração.
Rebelião contra Deus
Segundo o Christian Post, o pastor Josh Howerton foi taxativo ao comparar a recusa ao direito de votar como um ato de rebelião contra Deus. “Preciso que você entenda isso biblicamente”, disse ele, explicando em seguida:
“Quando os cristãos não votam, o que estão fazendo é abdicar da sua posição de liderança na república constitucional em que Deus os colocou. E é uma forma de rebelião passiva contra Deus exatamente da mesma maneira que seria errado para um marido se recusar a liderar sua família, e seria errado para um pastor se recusar a liderar sua igreja”.
Neste caso, por fim, o líder religioso dá a entender que o voto popular pode ser encarado como uma forma de exercer juízo sobre o mundo, algo que perde a sua função quando o cristão se abstém dessa responsabilidade. Votando, por outro lado, o seguidor de Jesus exerce autoridade individual, marcando a sua posição diante do que acredita ser o melhor ou não para a sociedade.
“Seria errado você se recusar a participar da liderança da nação em que Deus te colocou”, disse ele. “Se voltarmos a fazer a pergunta original, ‘Jesus votaria?’ Sim. Sim, Ele voltaria, porque Ele não abdicaria da responsabilidade que Deus lhe deu.”