Um pastor da Assembleia de Deus de Madureira foi preso na última semana em flagrante sob a acusação de porte ilegal de arma. Ele também é investigado por ameaça de morte e agressão à esposa.
Rogério de Vasconcellos Mouta, 53 anos, foi preso portando um revólver com seis munições por agentes da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM), de São João de Meriti (RJ).
Segundo informações do jornal O Dia, a esposa do pastor afirmou, durante um depoimento prestado à DEAM em setembro desse ano, que estava “separada de corpo” do marido, mas ainda vivia sob o mesmo teto, em Vilar dos Telles, na Baixada Fluminense.
Ainda no depoimento prestado à Polícia, a mulher, além de falar sobre a separação após 13 anos de convivência, disse também que o pastor não admitia a separação e que, aos gritos, a havia ameaçado: “Se você me deixar, eu te mato”.
O pastor, que é proprietário de um escritório de contabilidade, a teria agredido a socos e dito que a expulsaria de casa para que ela vivesse como prostituta. Em outro trecho do depoimento, a vítima diz que foi até à filial da AD Madureira para conversar com o pastor titular onde Mouta também é pastor, mas que mesmo sendo recebida por diversas pessoas, não foi atendida pelo líder da congregação.
A delegada Sandra Ornellas, que comanda a Delegacia de Atendimento Especial à Mulher de São João de Meriti, afirmou que pedirá a prisão preventiva de Mouta pelos crimes de lesão corporal e ameaça, para garantir a segurança da esposa.
A Assembleia de Deus Ministério de Madureira vem ocupando as manchetes nos últimos tempos por escândalos cometidos por alguns de seus sacerdotes. Recentemente, uma congregação do ministério foi envolvida nas denúncias de desvio de recursos da Petrobras, acusadas de repassar propina ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é membro da igreja.