Recentemente, o setor de apologética da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) publicou uma nota com o objetivo de alertar os membros da denominação sobre a infiltração da heresia “unicista”, ou “unicismo”, no meio cristão evangélico, através da popularidade de grupos como o Voz da Verdade.
O manifesto foi aprovado durante a realização da 46ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da denominação, realizada nos dias 28 de abril e 1º de maio, e também reproduzido pelo GospelMais no formato de notícia.
Em resumo, o unicismo é uma visão que nega a existência da Santíssima Trindade, uma doutrina central do cristianismo, segundo a qual Deus é, ao mesmo tempo, Pai, Filho e Espírito Santo, sendo três pessoas em uma só divindade.
De acordo com a CGADB, no entanto, “alguns grupos declaradamente unicistas têm penetrado em nosso meio por meio da música e da literatura, como as canções do conjunto Voz da Verdade e a literatura da Igreja Local e também da Árvore da Vida.”
Músicas
No entanto, para o pastor Elias Cardoso, presidente da Assembleia de Deus do Ministério Perus, em São Paulo, muito embora o líder do grupo Voz da Verdade tenha se “desviado” do ensinamento correto acerca da natureza de Deus, as músicas do grupo podem ser cantadas pelos cristãos.
Isso porque, para Cardoso, se determinada canção é biblicamente correta, nada impede que os cristãos possam cantá-la, muito embora o autor tenha se desviado, pois a inspiração original da letra, segundo o pastor, partiu de Deus e não do desviante.
Um trecho do momento em que o pastor Cardoso aparece defendendo as canções do grupo Voz da Verdade foi compartilhado por um perfil com mais de 780 mil seguidores no Instagram, dividindo opiniões. De acordo com a página, o líder religioso fez a sua declaração durante um congresso de mulheres, onde também foi cantado o hino “Além do Rio Azul”. Confira:
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