Evangelizar de forma direta, verbalmente, muitas vezes não é uma tarefa fácil para muitos cristãos que vivem em países como o nosso, no Brasil, onde a tolerância religiosa e a liberdade de expressão são respeitadas. Mas, o que dizer desse mesmo trabalho de evangelismo sendo feito em países como Israel, onde o ambiente cultural é marcado por conflitos armados entre grupos religiosos?
Conhecido também como a Terra Santa e o “centro do mundo”, Israel é palco de um dos maiores conflitos históricos do planeta, entre judeus e muçulmanos. Os cristãos, portanto, possuem o desafio de conseguir anunciar o Evangelho de Jesus Cristo em meio a esse clima permanente de atrito religioso, caracterizado especialmente pelo radicalismo islâmico.
Quem tem conseguido fazer esse trabalho, usado pelo Espírito Santo de Deus, é o pastor Steven Khoury, que atua nesse campo missionário há 20 anos.
Segundo uma voluntária colombiana chamada Diná, até os judeus messiânicos, ou seja, que acreditam em Jesus Cristo como o Messias enviado por Deus, possuem dificuldade para evangelizar na Terra Santa, o que torna o trabalho de Steven um diferencial.
“Eles podem contar a seus amigos que creem em Jesus como Messias, mas não é uma evangelização como nos países latino-americanos, onde podem ir à uma praça e evangelizar. As pessoas não gostam disso aqui”, disse ela em uma entrevista ao portal Guiame.
Para o pastor Steven, a certeza de que deveria alcançar judeus e muçulmanos é fruto do seu chamado ministerial dado por Deus. “Deus sobrecarregou o meu coração, no bom sentido. Ele me mostrou que os árabes podem ter salvação”, disse ele.
O pastor destacou que o sofrimento constante devido aos conflitos entre os dois povos, judeus e árabes, lhe fez enxergar a vida de forma diferente, reforçando a necessidade de levar o amor de Cristo para essas pessoas.
“Ele me mostrou que os judeus podem vir ao Messias e que as pessoas em Israel estão perdendo a esperança na vida. Ver pessoas sangrando todos os dias; ver uma pessoa um dia e não ver mais no outro por causa da violência, me fez apreciar a vida”, disse ele.