A dor de perder um familiar em circunstâncias normais, como morte por velhice ou uma doença inevitável, por exemplo, já é muito grande. Entretanto, quando essa morte é causada por um atentado terrorista, certamente o sofrimento e sentimentos de revolta são muito maiores. Mas para uma igreja batista nos Estados Unidos, no entanto, o que poderia ser motivo de derrota, apenas aprofundou a fé em Deus.
“Depois de tudo o que aconteceu, cheguei a pensar: ‘Estou no fundo do poço. Minha igreja se foi, o prédio, minha liderança se foi, Annabelle se foi”, disse o pastor Frank Pomeroy, líder da Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, no Texas (EUA).
O pastor perdeu a sua filha, assassinada a tiros juntamente com outras 25 pessoas enquanto cultuavam a Deus, quando em 5 de novembro de 2017 um homem entrou no templo da igreja atirando indiscriminadamente.
De lá para cá, várias coisas passaram pela cabeça do pastor Pomeroy, mas a principal delas foi a certeza de que Deus o havia chamado para pastorear sua congregação, não importa o que acontecesse.
“Sinto que Deus me chamou para pastorear este rebanho. O rebanho passou por um terrível ataque de lobo, mas ainda tenho um rebanho”, disse ele, segundo informações da KYUE. “A melhor maneira de honrar aqueles que perdemos é confiar em Deus como eles confiavam”.
Vários membros perderam parentes. Além dos 26 mortos, outros 30 ficaram feridos, muitos com sequelas graves, como o ministro de louvor da igreja, que ficou paraplégico. Ainda assim, ele continua louvando a Deus na cadeira de rodas.
“Ele é tão alegre, querendo espalhar a palavra de Deus a todas as pessoas”, disse David Colbath sobre o ministro de música. Colbath é outro sobrevivente. Ele foi baleado oito vezes e hoje carrega no corpo às marcas daquele episódio triste.
O templo onde ocorreu o atentado não é mais utilizado pela igreja. Eles decidiram construir um novo, porém, no mesmo terreno, atrás do primeiro templo. “Não deixamos Satanás vencer”, disse o pastor. “O mal não venceu”.
A igreja segue em adoração, certa de que o episódio ocorrido, apesar de triste, faz aparte de uma história de superação e confiança nos propósitos de Deus. “Ainda estamos louvando a Deus, ainda estamos voltados para Ele e sabemos o que devemos fazer como igreja”, conclui Debbie Braden, uma das sobreviventes.