O próximo ministro da Educação deverá ser definido entre três nomes evangélicos, sendo que um dos mais cotados é o pastor Milton Ribeiro, que já integra o governo do presidente Jair Bolsonaro.
O pastor Ribeiro foi nomeado por Bolsonaro para a Comissão de Ética da Presidência em junho de 2019. Ele é ligado à Igreja Presbiteriana de Santos (SP), doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Direito Constitucional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde já foi vice-reitor.
De acordo com informações do jornal O Globo, Ribeiro estaria disposto a abrir mão do cargo na Comissão de Ética da Presidência, um cargo com mandato que se estende até o final de 2022.
A atuação social do pastor Milton Ribeiro é intensa, já que é um “irmão mantenedor” da Santa Casa de Santos, diretor administrativo da produtora Luz para o Caminho, que cuida das mídias da Igreja Presbiteriana do Brasil, relator da Comissão de Assuntos Educacionais do Mackenzie e membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, entidade mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O jornal Folha de S. Paulo informou que a indicação de Ribeiro para o Ministério da Educação foi feita pelo ministro Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e conta com a simpatia de deputados federais evangélicos de São Paulo, que já manifestaram o apoio a Bolsonaro.
Outros dois nomes evangélicos são o professor da Universidade de Brasília (UNB) Ricardo Caldas, e o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia.
O primeiro é economista e professor de ciência política, tem doutorado em relações internacionais pela Universidade de Kent em Canterbury, Reino Unido, e agrada desde integrantes da bancada evangélica ligados à Assembleia de Deus, até membros da equipe econômica.
O segundo é visto como um nome que poderia unir duas alas que ajudam a sustentar o governo e nem sempre andam juntas, pois conta com apoio de pastores evangélicos próximos do governo e também goza de prestígio na ala militar.
O Ministério da Educação está sem um titular desde que Carlos Alberto Decotelli, escolhido para substituir Abraham Weintraub, pediu demissão cinco dias após sua nomeação. Dúvidas sobre seu currículo resultaram em críticas intensas por parte da oposição e principalmente da grande mídia, o que levou à sua saída da pasta.