Um dos conflitos atuais que a igreja cristã enfrenta pelo mundo é a tentativa de alguns movimentos político-ideológicos tentarem distorcer a verdade acerca do que a Bíblia ensina sobre o que é pecado. Entre esses pecados está o da homossexualidade, listado no rol de condutas abominadas por Deus assim como o adultério, a fornicação e outras práticas, também, relacionadas à sexualidade humana.
Na tentativa de esclarecer os membros sobre o tema da homossexualidade, um pastor da Igreja Batista de Ballynahinch, no Condado de Down, na Irlanda do Norte, resolveu transmitir em sua comunidade o filme “Voices of the Silenced” (“Vozes dos Silenciados”, em tradução livre), na última terça-feira (13).
O filme conta a história de superação de pessoas que deixaram de ser homossexuais, ou que ainda lidam com essa condição, mas tendo a consciência de arrependimento e mudança diante de Deus. A produção deixa claro que todos os homossexuais podem “escolher ou não viver a sua homossexualidade”, tratando esse comportamento como algo passível de mudanças.
Ao saber da transmissão, um grupo com cerca de 30 ativistas LGBTs se reuniram foram do templo para protestar contra a igreja. Entre eles estava Emma Rogan, membro da Assembleia Legislativa e representante do partido de esquerda Sinn Féin, principal articulador dos movimentos liberais no país.
O pastor da igreja, Rodney Stout, recebeu várias ameaças verbais dos militantes, principalmente pelas redes sociais. Sua decisão, no entanto, foi sair do templo e receber pessoalmente o grupo de ativistas revoltados com a transmissão do filme:
“Eu saí e recebi os manifestantes — estou totalmente de acordo com o direito deles de estarem lá. Alguns estavam bravos, mas vários deles concordaram que tínhamos o direito de exibir o filme. Perguntei a eles se algum grupo minoritário deveria ter o direito de ser ouvido reprimido, e eles disseram que não”, disse o pastor, se referindo ao direito da própria igreja de exercer a sua fé.
Pastor não se arrepende e diz que ninguém deve temer ameaças
O pastor contou também que outras pessoas tentaram usar violência extrema para tentar impedir a exibição do filme, enquanto outros tentaram incitar provocações contra a comunidade religiosa através da mídia. No final das contas, Rodney disse que não teme essas rações e que esse tipo de ativismo apenas prejudica a própria comunidade LGBT, uma vez que não representa os interesses da maioria dos homossexuais:
“Não me arrependo de permitir que o filme seja exibido na igreja, de modo algum. Eu não acho que alguém deveria se render às ameaças. Não tenho medo da minha segurança nem das pessoas que usam o edifício da igreja, tenho mais medo pelo desserviço que isso causou à comunidade gay”, disse o pastor, segundo informações do Belfast Telegraph.