Em ato solene na Universidade Politécnica (Upoli), o pastor Samuel Kobia recebeu três reconhecimentos por sua contribuição para a reconciliação e a paz como secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
A primeira condecoração, a Ordem da Paz pelo Instituto Martin Luther King, foi recebida por Kobia das mãos do reitor da Upoli, engenheiro Emerson Perez. O reitor disse estar honrado por entregar o prêmio a um líder religioso que se destacou num extraordinário trabalho de promoção da paz, da liberdade e da justiça no mundo.
O segundo reconhecimento foi entregue pelo prefeito de Manágua, engenheiro Dionisio Marenco, que declarou Kobia hóspede de honra da cidade por cinco dias. A terceira condecoração foi entregue por representante da Direção do Conservatório Musical de Toluca, no México.
Emocionado, Kobia agradeceu os reconhecimentos e enfatizou que somente o amor pode vencer o ódio no mundo. “Quando se busca a reconciliação não devemos olhar para trás para não recordar as amarguras e feridas”, enfatizou o reverendo ao recordar que o amor é o princípio fundamental que deve prevalecer entre as pessoas, a sociedade e a comunidade religiosa.
“Quando falamos de paz na terra não devemos esquecer também que é preciso trabalhar pela paz com a terra, porque o ser humano vem degradando o meio ambiente a cada dia”, disse Kobia, entusiasmando igrejas e governos a assinarem acordos capazes de estabelecer uma paz duradoura, que não fique restrita ao papel.
O secretário-geral do CMI, entidade que congrega mais de 800 milhões de cristãos em todo mundo, recordou que a verdadeira paz deve ser integral e ela convoca a quitar dívidas, porque sem paz não há sanidade. “A paz começa conosco, ao reconhecermos a irmandade”, disse Kobia.
O líder ecumênico destacou que as pessoas tendem a procurar Deus em situação de guerra e desastres, quando Ele deveria ser invocado em todo momento da existência humana. Kobia sugeriu que 2009 seja declarado Ano Internacional da Reconciliação.
Na quarta-feira, 5, Kobia reuniu-se com o cardeal Miguel Obando y Bravo na Universidade Centro-Americana para conhecer o trabalho que realiza como presidente da Comissão de Reconciliação e Paz.
Fonte: ALC