A grave crise financeira enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro interferiu na soltura do pastor Felipe Heiderich, após a Justiça decidir pela anulação de sua prisão preventiva. Uma das exigências era o uso de tornozeleira eletrônica, mas o equipamento estava em falta
“Ele não saiu da prisão, pois era necessária a tornozeleira, que está em falta. Isso logo será informado ao juiz, que decidirá se ele será solto assim mesmo, sem tornozeleira, ou se permanecerá preso por tempo indeterminado. Não existe previsão para que isso seja resolvido”, explicou o porta-voz da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) no último sábado, 09 de julho.
No dia seguinte, domingo, o pastor Felipe foi solto da Cadeia Pública José Frederico Marques (Bangu 10), no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital fluminense, sem o uso da tornozeleira eletrônica.
“Deixei ele em casa hoje por volta das 6 da manhã e estamos muito cansados com tudo isso. Hoje ficaremos com nossas famílias e amanhã faremos as declarações necessárias”, disse o advogado do pastor, Leandro Meuser.
O pastor confidenciou ao advogado que as noites que passou na prisão foram insones: “Ele disse que não conseguiu dormir em nenhum dos dias em que esteve preso por causa da tensão por tudo que vem passando”, disse Meuser ao site Ego.
Felipe Heiderich foi para casa e passou o dia com sua mãe, e deverá fazer declarações através de seu advogado nesta segunda-feira, sobre as acusações feitas contra ele por sua ex-mulher, cantora e missionária Bianca Toledo.
Bianca o acusa de ter abusado sexualmente de seu filho, de cinco anos de idade, e de ter assumido ser homossexual, argumento usado por ela para dar entrada em um processo de anulação do casamento com o pastor.