Um pastor brasileiro que dirige uma congregação da Bola de Neve Church em Orlando, na Flórida (EUA) manifestou seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro numa entrevista recente, embora reconheça que o mandatário poderia ter postura mais formal por conta do cargo que ocupa.
André Catalau é ex-vocalista da banda de rock Golpe de Estado, que fez sucesso no Brasil nos anos 1980. Anos após abandonar os palcos, se tornou pastor e serve na igreja neopentecostal fundada pelo apóstolo Rina. Há cerca de um ano, mudou-se para os Estados Unidos, onde nasceu e agora dirige uma congregação da instituição.
Amigo do surfista bicampeão mundial Gabriel Medina, celebrou o casamento da mãe do atleta, que é diaconisa da Bola de Neve em Boiçucanga. Numa entrevista ao portal Uol, disse que não faz planos de voltar a morar no Brasil, elogiou o presidente Donald Trump e também expressou seu apoio ao mandatário brasileiro, Bolsonaro.
“Para quem teve o Ronald Reagan de presidente, o Trump é mamão com açúcar. O Reagan queria fazer guerra nas estrelas com os russos no tempo da Guerra Fria. O Trump é uma mocinha perto dele. Eu o amo. Acho ele gente fina. Ele é republicano, e eu sou republicano. O Trump é Bíblia. O cara é grosso, mas você vai governar a maior nação do mundo como? Pedindo favor? É ordem e acabou”, avaliou o pastor.
Sobre Bolsonaro, André Catalau demonstrou compreender as peculiaridades do cenário político brasileiro: ”Ele quer seguir a linha do Trump, mas é uma realidade bem diferente dos Estados Unidos. Aqui, os caras têm bala para segurar. Bolsonaro vai ter que desmembrar uma quadrilha. Por mais tosco que ele seja, ele é honesto. Ele tem uns filhotes meio bagunçados, mas ele é capitão. Militar é muito rígido com ele mesmo. Sei porque tive um pai militar, que era de uma honestidade absurda”, disse o pastor
“Ele é tosco, pô! Mas prefiro isso do que mentiroso. Pelo menos eu sei quem é. Eu apoio. É difícil ele esconder uma mentira. O resto é tudo um bando de mentiroso. Eu odeio mentira”, reiterou.
Perguntado sobre o envolvimento de Medina com a igreja, o pastor disse que valoriza a privacidade: “Como pastor, gosto de deixar em off para não expor nem ele nem ninguém. Até hoje tenho particular com ele. Ele já é muito exposto”, explicou.
“Bola de Neve atrai [famosos], mas a galera senta numa boa. É inevitável quando o cara é conhecido. Ele tira foto, dá autógrafo. Normalmente eles saem antes de acabar o culto, senão fica difícil”, encerrou.