O deputado federal Cabo Daciolo (Patriota-RJ) protagonizou um momento constrangedor durante o 36º Congresso Gideões Missionários da Última Hora, quando sugeriu que os organizadores fechassem as portas do ginásio e dividissem a oferta arrecadada com os fiéis. Agora, o pastor Hueslen Santos respondeu ao episódio de forma contundente.
No dia seguinte ao episódio, Santos se valeu da palavra para abordar o assunto de forma direta, e transpareceu, em sua fala, considerar hipócrita o gesto do político evangélico: “Eu quero dar uma resposta ao deputado cabo Daciolo, que veio aqui nesse palco e constrangeu a mim e ao pastor Reuel [Bernardino]. Não teve respeito”, introduziu.
“Eu quero falar com responsabilidade nessa hora. Primeiro, irmãos, quem faz jejum não deve tocar trombeta. Ele veio aqui e disse ‘estou 40 dias de jejum’. Perdeu o jejum, acabou o jejum, porque não é para tocar trombeta. Segundo: ele não oferta nessa obra, não é contribuinte nessa obra, não sabe da história dos Gideões”, afirmou o pastor Santos.
“Terceiro: pediu que eu e o pastor Reuel fechássemos as portas do ginásio e dividisse com a multidão o dinheiro que foi arrecadado. Porque ele não dá o salário dele de deputado federal? Ele ganha dinheiro do povo. Porque ele não foi o primeiro a vir aqui e dizer para nós e os missionários ‘eu quero dar o meu salário de deputado’. Por quê?”, questionou.
Ciente da repercussão que sua resposta teria, o pastor Hueslen Santos afirmou que não aceitaria que a entidade missionária fosse feita refém de um discurso político, pois se dedica pelo projeto de divulgação do Evangelho.
“Deixa eu desabafar aqui. Eu sei que vai para a internet. Não tem problema. Eu tenho responsabilidade, não me preocupo. […] O pastor Cesino [Bernadino, falecido], quando me colocou na segunda vice-presidência – e o pastor Reuel era vice – sabia do chamado que Deus tinha na minha vida. Eu tenho amor a essa obra, e eu não aceito que venham aqui fazer política para manchar o nome dos Gideões”, disparou.
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