Cabo Daciolo (Patriota-RJ) vive cercado de polêmicas, e a mais recente aconteceu durante o Congresso Gideões Missionários da Última Hora, no último sábado, 28 de abril, quando sugeriu que os organizadores dividissem o dinheiro arrecadado no evento com os próprios participantes.
Sugerindo uma espécie de rateio coletivo das ofertas, Daciolo citou as condições improvisadas em que muitos participantes estavam alojados como argumento. “O Senhor marcou este encontro aqui e tocou no meu coração para dizer algo aqui. Deus manda dizer aos senhores que tem um montão de gente aqui que deseja o insucesso dos Gideões, alguns querem estar no lugar dos senhores”, afirmou, dirigindo-se aos pastores Reuel Bernardino e Hueslen Santos.
“Deus me traz aqui e fala: Não quero pastores maçons em cima deste púlpito”, acrescentou Daciolo, levando os participantes a um êxtase. Na sequência, o deputado federal pediu que os líderes do evento dividissem o que havia sido arrecadado, citando uma passagem de Juízes 8.
“Para calar aqueles que querem a queda dos senhores, só é preciso fazer uma coisa: Deus manda dizer sete dias eu estou pedindo para o povo ofertar para obra e dizer para obra, mas tem gente ali que só teve o dinheiro da passagem para chegar aqui […] tem homens e mulheres que não têm nem o que comer para estar aqui […] Só hoje, feche a porta com quem está aqui dentro […] pegue toda a oferta e divida com este povo e você vai ver o que Deus vai fazer”, afirmou.
A sugestão, em nome de Deus, no entanto causou um grande constrangimento. Os fiéis não glorificam ou aplaudiram, e os pastores no púlpito ficaram sem reação. Os organizadores, antes do evento começar, destacaram que a entidade passa por uma grave crise financeira por conta da queda na oferta missionária.
Cabo Daciolo insistiu em sua sugestão – que parece ter saído de suas convicções socialistas -, questionando se os pastores iriam dividir o valor arrecadado através das ofertas com as pessoas presentes naquele momento no ginásio. Em resposta, o pastor Hueslen contextualizou a situação, dizendo que as ofertas foram pedidas para custear a obra missionária e que o alojamento improvisado havia sido feito para acomodar as pessoas que não tinham condições de pagar hospedagem.