Um pastor que teve a infeliz ideia de quebrar uma imagem da Senhora Aparecida e uma imagem do Buda está sendo investigado, assim como o presbítero que filmou, pela Polícia Civil do Paraná.
O caso virou notícia depois que o vídeo da destruição das imagens viralizou nas redes sociais. O pastor Miguel Moreira, da igreja Visão em Cristo, quebrou os dois artefatos religiosos e ateou fogo. A pessoa que filmou a cena, identificada apenas como presbítero Alex, também está sendo investigada pela equipe da 38ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Santo Antônio da Platina.
O delegado titular Rafael Guimarães abriu procedimento e declarou que, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, o caso é objeto de termo circunstanciado para apuração do que seria o crime previsto no artigo 208 do Código Penal, contra o sentimento religioso.
O delegado Guimarães comentou que “vivemos em um Estado laico, onde a liberdade religiosa é um direito fundamental de todos e que deve ser preservado e garantido”, o que “significa que nenhuma religião deve ser privilegiada e muito menos ser permitido que uma religião seja depreciada”.
Guimarães acrescentou ainda, de acordo com informações do portal Tribuna do Vale, que as pessoas são livres para “acreditar na sua fé, mas sempre respeitando o credo/doutrina religiosa do outro e espera-se que na cidade seja mantida a convivência harmoniosa entre todas religiões professadas”.
A repercussão dos fatos levou o pastor Moreira a ser procurado para uma entrevista pelo repórter Juninho Queiroz, da rádio local Difusora FM. Na ocasião, ele afirmou estar arrependido e pediu desculpas aos fiéis católicos por seu ato, uma vez que a santa é a padroeira da Igreja Católica no Brasil.
O programa Balanço Geral de Maringá, da emissora RIC Mais, afiliada da RecordTV, foi um dos que noticiaram o ato de vilipêndio à imagem de Aparecida, reprovado até mesmo por dirigentes de outras igrejas evangélicas.