O pastor George Alves foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulneráveis. Ele é acusado de ter iniciado o incêndio que matou seu filho e seu enteado há pouco mais de um mês, na cidade de Linhares (ES).
O caso ganhou repercussão nacional por conta do que parecia ser uma demonstração de fé do pastor, que afirmou em um culto horas depois da morte dos meninos que Deus iria “restaurar” os corações dele e de sua esposa pela perda das crianças.
Quando prestou depoimento à Polícia, algumas de suas declarações foram consideradas inconsistentes pelos investigadores, que confrontaram o relato com as evidências colhidas no local do incêndio. A esposa do pastor, que estava viajando com o filho caçula, não é considerada cúmplice do crime.
George Alves teria estuprado o próprio filho, Joaquim Alves Salles de 3 anos, e o enteado Kauã Salles Butkovsky de 6 anos, e depois teria agredido e ateado fogo a eles enquanto estavam vivos. O delegado André Jaretta, de Linhares, disse que um “conjunto de indícios demonstra que, naquela madrugada, o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto o filho biológico Joaquim quanto o enteado Kauã, mantendo um ato libidinoso”.
De acordo com informações do G1, George Alves está preso temporariamente desde o dia 28 de abril, e ficará pelo menos mais 30 dias detido. Se for condenado, poderá pegar 126 anos de prisão.