Mark Zuckerberg é uma figura controversa, exposta ao mundo no filme A Rede Social, disposto a tomar as medidas necessárias para alcançar os resultados que almeja. Como tudo são meios para um fim, o fundador do Facebook pretende que sua empresa substitua as igrejas como comunidade. Mas, na opinião de um experiente pastor, isso não acontecerá.
O pastor Robert Jeffress, líder da Primeira Igreja Batista de Dallas, Texas (EUA), rebateu as declarações de Zuckerberg dizendo que não há possibilidade que a pretensão do empresário se torne realidade: “Deus criou a igreja e Zuckerberg criou o Facebook. Acredito que Deus e a igreja estão unidos há muito mais tempo que Zuckerberg e o Facebook”.
A resposta de Jeffress foi dada em uma entrevista à emissora Fox News, considerada a mais conservadora dentre as principais redes de televisão dos Estados Unidos. O pastor ponderou que a tecnologia, incluindo as redes sociais, podem até servir como ferramenta para ajudar o trabalho das igrejas, mas jamais, substitui-las.
“Nos últimos 18 meses, tivemos 500 mil pessoas de 192 países participando de nossos cultos pela internet. A tecnologia pode melhorar o ministério da igreja, mas nunca irá substituir a igreja”, sublinhou.
Jeffress ainda chamou atenção para uma possível intenção não declarada do fundador do Facebook: “É perturbador quando você enxerga para onde as coisas estão caminhando e quando você percebe o fato de que 36% dos jovens não têm afiliação com nenhuma igreja. Mark Zuckerberg pode estar aproveitando esse gancho”, avaliou.
A intenção de transformar uma rede social da internet em uma comunidade que substitua grupos reais, com encontros físicos, vai contra a natureza humana, segundo o pastor: “Deus nos criou com a necessidade do toque humano. Precisamos de uma comunidade. É por isso que Deus projetou a família e criou a igreja. Mas essa necessidade de companhia nunca será satisfeita através de seu laptop”.