A iniciativa de um pastor evangélico chamou atenção da mídia esta semana, mas não por se tratar de algo relacionado a religião, estritamente, e sim ao olhar sobre pessoas que possuem necessidades especiais, como a Síndrome de Down e o autismo.
O pastor Brewster McLeod atuou por 40 anos no ministério pastoral da Southland Christian Church, mas sempre teve o desejo de abrir uma cafeteria. O lado especial disso é que ele transformou essa ideia numa oportunidade de realizar o sonho de muitas pessoas com necessidades especiais: conseguir um emprego!
Assim, McLeod abriu a “McLeod’s Coffee House”, uma cafeteria que integra 50 funcionários, todos com necessidades especiais. “Eles têm alegria, têm coração, querem trabalhar”, disse o pastor, segundo informações da Faith Wire.
A intenção do líder religioso é mostrar que tais pessoas podem realizar atividades laborais e obter um emprego, precisando apenas do incentivo e oportunidade. “Se a síndrome de Down ou necessidades especiais te deixam nervoso, você provavelmente precisa vir aqui, relaxar e tratá-los como qualquer outra pessoa”, diz MacLeod.
“Não faço isso por um tapinha nas costas, porque isso pode ser muito viciante. Faço isso porque realmente me preocupo com eles e sei que eles são talentosos. Eu só quero que eles saibam que têm um grande valor”. destaca.
Megan Gaines é uma das funcionárias da cafeteria. Ela possui paralisia da cintura para baixo e desempenha funções importantes na empresa. Para Gaines, a iniciativa do pastor MacLeod deve ser vista como um exemplo para que outros investidores contratem pessoas com necessidades especiais.
“Eu sou exatamente como qualquer outra pessoa”, disse ela. “Eu posso fazer as mesmas coisas que você, mas de maneira diferente. Nós ainda queremos ter amigos, fazer coisas, sair e curtir com nossos amigos, e simplesmente fazer coisas normais”.
A cafeteria agora é vista como um lugar de inclusão, um espaço encarado como a esperança de realização profissional até mesmo para quem ainda não foi contratado, como os filhos de Juannell Spotts, gerente da empresa.
“Isso permite [que meus filhos] tenham um lugar quando ficarem mais velhos e precisar trabalhar. Meus filhos têm autismo, é algo que poderei fazer”, disse ele.