Um homem suspeito de abusar sexualmente da enteada e supostamente ordenado ao ministério pastoral foi preso na última semana no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
O caso vinha sendo investigado e a prisão foi embasada, dentre outras evidências, através da realização de um exame de DNA que comprovou que o acusado é pai do filho da vítima, segundo informações do G1.
O pastor é suspeito de ter abusado da menina ao longo de seis anos. Hoje, a vítima (que não foi identificada) tem 18 anos, mas os abusos teriam começado aos doze anos de idade. A criança que nasceu fruto do abuso está com quatro anos de idade.
Uma equipe do Departamento Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) realizou uma diligência a mando da delegada titular, Viviane Costa, e cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o acusado, que teve apenas as iniciais de seu nome, Z. N. V., reveladas.
De acordo com os fatos apurados até agora, os abusos eram cometidos na casa da família, e um laudo do Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) concluiu que os estupros eram consecutivos e frequentes, e o acusado se valia da posição de líder religioso como álibi para rebater as acusações.
Além do indiciamento por estupro, Z. N. V. está sendo acusado de lesão corporal contra a vítima durante a gravidez, ainda na adolescência.
Recorrência
Os casos de abusos sexuais envolvendo líderes religiosos não são raros. Em outubro do ano passado, um caso de estupro cometido por um auxiliar de pastor da Igreja Universal do Reino de Deus rendeu à denominação do bispo Edir Macedo uma sentença que a obrigou indenizar a vítima em R$ 300 mil.
À época do crime, a vítima tinha apenas treze anos de idade e foi sequestrada e violentada. Hoje, maior de idade, essa pessoa venceu a primeira batalha de uma guerra jurídica