Nesta quarta feira, um pastor evangélico foi preso na Grande João Pessoa (PB), por suspeita de agredir sua filha de 16 anos de idade e a manter em cárcere privado, proibindo-a, inclusive, de frequentar a escola. A prisão foi realizada após uma denúncia ao Ministério Público pelo Conselho Tutelar.
A denúncia partiu da escola que a menina frequentava, quando ela deixou de ir às aulas no início do mês de junho. Segundo o promotor Marinho Mendes, o pastor agredia fisicamente a adolescente e a obrigou a abandonar os estudos. O promotor afirma ainda que foi descoberto que em 2013 a menina já havia abandonado os estudos por ordens do pai.
– Ele [o pai] tinha ciúmes dela, não deixava ela sair para lugar nenhum. Quando ele saia deixava a adolescente trancada em casa – afirmou o promotor, segundo o G1, ressaltando que a proibição começou quando o pai descobriu que a menina havia criado um perfil em uma rede social.
Marinho afirma que o homem deu uma surra na filha quando descobriu sobre seu perfil na rede social, e que os episódios de agressão eram frequentes.
Segundo reportagem da do Bom Dia Paraíba, o pai alega que a filha estaria envolvida com más companhias, e que a mudaria de escola. Porém, a polícia afirma que até mesmo a demora em transferir a menina de escola já configura crime.
O promotor afirma que a menina foi orientada pelo pai a dizer às autoridades que ela havia abandonado a escola por vontade própria. Essa orientação teria sido dada após ele ser informado da denúncia. Apesar da suposta orientação dada pelo pai, a menina confirmou ter sido agredida.
De acordo com a reportagem, o pastor será indiciado por cárcere privado, abandono intelectual e violência doméstica.