Pastor da Igreja Assembleia de Deus Ministério Belém do Pará, em São Paulo, Ezequias Silva contou que teria recebido uma proposta de R$ 4 milhões para apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, nas eleições deste ano.
Segundo o líder religioso, a oferta milionária de compra de apoio teria sido oferecida pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele, contudo, disse ter recusado a pequena fortuna, afirmando que não mistura religião com política.
“A proposta veio, mas eu recusei”, disse o pastor Ezequias Silva. “Eu não misturo as coisas. Deus não me deu ministério para vender”. Questionado sobre o seu eventual apoio a algum dos candidatos este ano, o líder religioso disse que não dará apoio a ninguém.
“Não mexo com isso não. Não apoio nenhum”, afirmou, segundo informações do JM Notícias.
PT em busca dos evangélicos
Independentemente das revelações do pastor Ezequias Silva, o fato concreto é que o Partido dos Trabalhadores vem buscando estratégias para tentar seduzir o eleitorado evangélico em prol de Lula.
O próprio líder petista tem adotado um discurso mais “cristianizado”, utilizando expressões corriqueiras do mundo cristão, como citações sobre Deus, Jesus e a Bíblia, a fim de transmitir uma imagem de maior religiosidade.
A nova postura de Lula vista contrastar com algumas das pautas anticristãs que o próprio petista defende, como o direito ao aborto. Para o seu coordenador de campanha, no entanto, senador Randolfe Rodrigues (REDE), a verdadeira chapa “cristã” é a do PT.
“A chapa cristã é esta daqui. A chapa que está junto dos mais pobres. Eu disse ‘bem-aventurados os pobres, pois é deles o reino dos céus’. A linha do discurso será essa”, disse o senador, segundo a Folha.