A campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou, na quarta-feira (19), uma carta endereçada aos evangélicos. Não demorou muito para que pastores de grande influência no cenário nacional viessem a público para criticar o documento e alertar os cristãos.
No documento intitulado “Carta Pública ao Povo Evangélico”, assinado por Lula, o petista faz uma série de alegações incomuns para quem já declarou apoio a pautas como a liberação do aborto como um direito de saúde, entre outras sensíveis para os cristãos.
“O nosso Povo sabe também que cuidei, com especial carinho, dos mais pobres e injustiçados e assim, sob as Bênçãos de Deus, meu governo contribuiu para melhorar a vida de milhões de famílias brasileiras. Sempre penso, neste sentido, no trecho bíblico que diz: ‘a verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades…'”, diz um trecho da carta.
Pastores reagem
Os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano gravaram vídeos para rebater a carta de Lula aos evangélicos. Os líderes da Igreja Assembleia de Deus afirmaram que o documento contém mentiras, cujo objetivo seria seduzir o apoio das igrejas.
Malafaia, por exemplo, lembrou que, diferentemente do que sugere a carta, Lua já declarou este ano que “essa pauta da família, pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada”, mesma ocasião em que tratou o aborto como uma questão pública.
O aborto, segundo fala do petista dita em 5 de abril desse ano, “deveria ser transformado em uma questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha.”
Para Feliciano, a carta de Lula aos evangélicos não passa de um engodo com finalidade eleitoral. “Acham que somos tolos”, disse o pastor e deputado federal reeleito por São Paulo. Chegando ao fim da carta, o petista também destaca:
“Em meio a este triste escândalo do uso da Fé para fins eleitorais, assumo com vocês este compromisso: meu Governo jamais vai usar símbolos de sua Fé para fins político-partidários, respeitando as leis e as tradições que separam o Estado da Igreja, para que não haja interferência política na prática da Fé.” Assista, abaixo:
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