O pastor assembleiano Samuel Câmara, presidente da “Igreja-mãe” da denominação no Brasil, escreveu uma carta em resposta ao requerimento de processo disciplinar protocolado pelo pastor Davidson Gomes Vieira na Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) contra ele.
O processo montado por Vieira, que é advogado, pode resultar na expulsão de Câmara da CGADB, devido às manifestações comandadas pelo pastor da Assembleia de Deus em Belém durante a Assembleia Extraordinária da convenção, ocorrida em Alagoas, durante o mês de junho.
Na carta resposta, o pastor afirma que o requerimento demonstra o “desespero da oposição” às suas ideias e propostas de reforma do estatuto, principais itens da campanha de seu grupo para as eleições de abril de 2013, de acordo com informações do Gprime.
Câmara também se disse perseguido por desejar o fim das reeleições sucessivas, e por se declarar contrário à perpetuação do pastor José Wellington Bezerra da Costa como presidente da CGADB: “o Brasil todo está cansado deste regime de exceção que já dura 25 anos”.
O pastor Samuel Câmara foi enfático na crítica a José Wellington, e disse que o tempo em que o atual presidente ocupa a função, muitos poderiam ter representado todas as regiões do país no cargo: “Nestes 25 anos de regime de exceção, com um presidente só, que não vê ninguém em condições de sucedê-lo, já poderíamos ter tido 12 presidentes, três de cada região do Brasil”, frisou.
Câmara afirma em sua carta que pretende exercer apenas um mandato, abrindo mão da reeleição. O pastor também diz que se eleito, proporá uma mudança de estatuto, para que o mandato seja de dois anos e obrigatoriamente aconteça rodízio de regiões: “Vamos mudar isso, voltar às nossas origens e regatar o direito de eleger presidentes e mesa diretora que a cada eleição honra lideres da igreja em todas regiões”.
Fonte: Gospel+