“Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. O versículo 12 de Mateus 24 se aplica ao caso da pastora Gretta Vosper, 57 anos. Ela apostatou da fé cristã em 2001, mesmo liderando uma congregação de uma tradicional denominação do Canadá.
A Igreja Unida em West Hill vive momentos de tensão devido ao processo de destituição da pastora Gretta, pois a liderança nacional da denominação a acusa de apostasia e rompimento dos votos feitos quando da sua ordenação, onde havia declarado crer em “Deus, O Pai, Filho e Espírito Santo”.
Gretta chegou a igreja de West Hill em 1997, mas quatro anos depois se tornou ateia e passou a militar nessa área. Em 2008, lançou o livro With or Without God: Why the Way We Live Is More Important Than What We Believe (Com ou sem Deus: Porque a maneira como vivemos é mais importante do que aquilo que acreditamos”, em tradução livre).
Nessa mesma época, ela aboliu a oração coletiva do “Pai Nosso”, que era realizada nas celebrações dominicais. Como reação, dois terços dos membros deixaram de frequentar a igreja.
A pastora foi além em sua descrença e passou a pregar que a Bíblia é um relato mitológico, e que Jesus não é filho de Deus, pois crer em uma divindade seria uma forma de disseminação do mal. De acordo com o portal Christian News, recentemente ela passou a citar o massacre na redação do jornal francês Charlie Hebdo como exemplo de mal resultante da fé em Deus.
“Não acredito em um deus. Usar essa palavra me atrapalha quando quero compartilhar o que desejo compartilhar”, costuma dizer Gretta, que diz ensinar “atos de compaixão e justiça” e “promover um ambiente onde as pessoas podem se unir e trabalhar juntas, convivendo umas com as outras”.
Se deixar o cargo de pastora da Igreja Unida em West Hill, Gretta Vosper não ficará “desempregada”: ela é a fundadora do Centro Canadense de Cristianismo Progressista, que se dedica a espalhar os ideais ateístas entre cristãos.