Ser uma figura pública tem suas desvantagens. Poder encarar julgamentos constantes de quem lhe segue, nem sempre bons e algumas vezes até ofensivos é uma delas. É isso o que diversos líderes evangélicos no Brasil estão enfrentando nesse momento, após declararem publicamente apoio ao candidato à Presidência da República, Jair Messias Bolsonaro.
O distanciamento natural da internet, que não permite uma conversa franca e detalhada com o usuário das redes sociais, por exemplo, acaba favorecendo uma série de desencontros com os internautas, principalmente quando se trata de milhares ou até milhões em uma só página.
Por conta disso, alguns pastores resolveram se pronunciar rebatendo os críticos de forma generalizada, deixando evidente a liberdade que possuem e o direito de manifestar seu voto. Um deles foi o pastor Júnior Trovão em sua conta no Instagram:
“Gosto dos meus irmãos e de todos aqui no Instagram, mas o insta é meu e por ser meu posto o que eu quiser e não o que você quer. Você posta no seu o que quiser, e comenta lá o que quiser. No meu eu posto o que quero e aceito o comentário que acho coerente. Se achar um comentário que ofende, vai ser bloqueado na hora”, escreveu o líder.
O pastor de jovens da Igreja Batista da Lagoinha, Lucinho Barreto, também gravou um vídeo explicando seu apoio a Jair Bolsonaro após receber algumas críticas, dizendo que ele é o único candidato no momento capaz de impedir o retorno do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder.
André Valadão e Cláudio Duarte, que também integram a “onda evangélica” de apoio a candidatura de Bolsonaro, também rebateram alguns desgostosos. Duarte, que possui mais de dois milhões de seguidores no Instagram, utilizou o seu humor para dizer que não mudará a sua posição.
“Nada disso define quem eu sou. Então é melhor você já ir se acostumando, pois já estou decidido a votar em Jair Bolsonaro”, disse o pastor em outro vídeo, enquanto Valadão explicou a importância da alternância de poder, dizendo que ela é “saudável e necessária” para o país.