Na entrevista coletiva concedida após deixar a Procuradoria Especial da Mulher, no Senado, a estudante Patrícia Lélis afirmou que já não se considera mais uma pessoa ligada à direita política e se desculpou com o movimento feminista, que tinha seu desprezo antes das acusações ao pastor Marco Feliciano.
No pedido de desculpas, Patrícia disse que apesar de suas diversas críticas ao movimento feminista, as pessoas que estão do seu lado na divulgação do caso são justamente mulheres do segmento.
“Sempre me posicionei politicamente como uma pessoa de direita, mas, hoje, o meu posicionamento é outro. Do mesmo jeito que a direita diz que a esquerda tem os seus bandidos de estimação, hoje eu posso dizer que a direita também tem os bandidos de estimação”, afirmou, de acordo com informações do site Metrópoles.
A estudante de jornalismo alegou que foi abandonada pelas pessoas que militavam com ela na direita, incluindo seus companheiros de PSC.
“Continuo com meus pensamentos conservadores: sou contra o aborto e outras coisas, mas hoje, quem faz barulho na internet e na mídia para o meu caso não ser esquecido é o grupo feminista”, afirmou.
Em outro momento, Patrícia se diz uma pessoa “temente a Deus”, mas que não poderia se calar em relação ao suposto abuso só porque Feliciano é pastor. Confira:
Cárcere descartado
Uma das acusações feitas por Patrícia é que ela havia sido mantida em cárcere privado em um hotel de São Paulo, por ação de Talma Bauer, chefe de gabinete do pastor Marco Feliciano.
No entanto, a Polícia descartou essa hipótese após analisar as imagens das câmeras do estabelecimento, e ver nas imagens que Patrícia tinha trânsito livre, recebeu o namorado no hotel e nos momentos em que se encontrou com Bauer, o tratou como amigo, inclusive cumprimentando-o com um abraço.