A liberdade de consciência, expressão e de crença é uma conquista das sociedades modernas frutos da herança cultural judaica e cristãs. Por conta disso, conceitos de democracia, tolerância e diversidade de pensamento foram desenvolvidos e consagrados como princípios fundamentais da nossa cultura, especialmente a ocidental.
Apesar disso, conforme avança o liberalismo moral e a instituição do “politicamente correto”, cristãos e conservadores em todo mundo estão sendo pressionados para aceitar tudo o que é dito como ideal e modelo de conduta, mesmo quando isso contraria seus princípios.
Um exemplo sutil disso, porém muito significativo, ocorreu na última semana com o grupo Radiance Foundation, uma organização pró-vida liderada pelo ativista negro Ryan Bomberger, após a publicação de um meme que faz uma crítica ao aborto, comparando o assassinato de bebês aos crimes praticados pela grupo racista Ku Klux Klan (KKK).
Ryan é evangélico, negro e nasceu como fruto de um estupro. Ele defende a vida e se opõe radicalmente ao aborto. Suas palavras e manifestações criticando a maior clínica do aborto dos Estados Unidos, a Planned Parenthood, têm muito peso, fazendo com que a postagem tivesse rápida repercussão.
“Ao escrever esta postagem, fomos censurados pela divindade da Diversidade. Infelizmente, o Instagram excluiu nossa postagem, ameaçando restringir ou desabilitar nossa conta se violarmos as diretrizes novamente. Mas … não violamos nenhuma diretriz”, escreveu Ryan em outra postagem.
“A explicação deles [Instagram] é que se tratava de conteúdo violento ou ameaçador. É claro que o meme não era violento nem ameaçador, apenas denunciava a violência racial, não importa a época”, explica.
Ryan destacou que denunciar a verdade sobre a indústria do aborto é o que mais incomoda os abortistas, que terminam agindo com autoritarismo para omitir os fatos em favor dos seus interesses:
“Mas os Titãs da Tolerância não têm interesse na verdade. Eles podem deletar nossos posts, e até mesmo a nossa conta, mas não podem excluir a verdade. E, claro, não houve um processo limpo, não tivemos chance de contestação”, destaca, segundo o Christian Post.
A censura da postagem repercutiu negativamente para o Instagram, chamando atenção de vários líderes cristãos do país, como Bill Johnson, pastor da megaigreja Bethel, na Califórnia, que decidiu compartilhar o meme.
Na prática, mesmo sob pressão, os cristãos estão mais atentos e percebendo o quanto devem se posicionar, custe o que custar.
“Deveriam ficar ofendidos com o fato de as mulheres serem ensinadas por uma indústria de aborto de bilhões de dólares que elas não são mais fortes do que as circunstâncias deles (Filipenses 4:13). Fique ofendido porque há líderes religiosos que estão abençoando clínicas de aborto, chamando-as de ‘solo santo’ e ‘trabalho sagrado’”, destaca Ryan.