O filme A Bela e a Fera despertou nos cristãos um sentimento de indignação após a revelação de que o longa-metragem que reconta a história clássica da Disney tem um personagem gay e momentos de exposição de sua homossexualidade. Uma pesquisa realizada nas últimas semanas mostrou que 95% dos cristãos irá boicotá-lo.
O estudo foi realizado pelo instituto Faith Driven Consumer (FDC), especializado na observação do comportamento do público religioso. De acordo com informações do portal Christian Headlines, a maioria dos entrevistados deixou claro seu repúdio à inserção da temática homossexual no filme.
A FDC revelou que 95% dos entrevistados que se identificaram como cristãos e consumidores de entretenimento no cinema afirmaram que sua fé os influencia na decisão de recusar o filme e por isso, não irão aos cinemas vê-lo.
A inclusão de um personagem gay foi uma decisão do diretor, Bill Condon – conhecido por seu trabalho na franquia Crepúsculo -, que considerou “algo bom ter um momento exclusivamente gay em um filme da Disney”.
Essa decisão de Condon contraria a versão original do filme, lançada décadas atrás, em 1993, em animação. No conto, o assistente de Gaston, Le Fou, não é homossexual e não é “alguém que um dia quer ser Gaston e no outro quer beijá-lo”, como descreveu o diretor.
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Ainda segundo a pesquisa, 94% dos consumidores cristãos passaram a rejeitar a ideia de gastar em produções da Disney como um todo, por causa da distorção do personagem original e sua transformação em homossexual.
Boicote
No Brasil, um boicote liderado pelo pastor Silas Malafaia causou grande polêmica, pois suscitou discussões sobre a eficácia desse tipo de protesto.
Todo o imbróglio começou com a inclusão de um beijo gay no desenho Star Vs. As Forças do Mal, exibido pelo canal por assinatura Disney XD.
“Um alerta às famílias e aos pais: lamentavelmente a Disney resolveu comprar a agenda gay, colocando em desenhos e filmes, para crianças, a questão do homossexualismo. Não tem coisa mais asquerosa, nojenta, do que erotizar crianças”, afirmou o pastor Silas Malafaia.
Abordando o contexto psicológico da infância, Malafaia afirmou que “a criança não sabe discernir o que é ordenança, informação e sugestão”, e que por isso, “é uma covardia pular etapas no desenvolvimento do ser humano”, e acrescentou: “Ensinar sexualidade a uma criança é a coisa mais covarde que tem”.
“A Disney tem o direito [de veicular] essa aberração, e nós temos o direito de combater isso. No Brasil, católicos e evangélicos praticantes são mais de 50% da população. Vamos dizer não à Disney. Não compre produto da Disney para seus filhos, cancele canais da Disney. Essa é a resposta democrática que podemos dar a esses que querem deturpar a criança”, concluiu.