Um levantamento abrangente sobre felicidade e bem-estar do governo da Grã-Bretanha mostrou que as pessoas de fé são mais felizes do que as que não creem. E dentre as religiões, os maiores índices de satisfação com a vida foram registrados na tradição judaico-cristã.
O estudo foi realizado pelo Office for National Statistics (ONS), uma espécie de IBGE dos britânicos, e apontou que o menor índice de felicidade foi registrado entre os que não têm religião, como os ateus, por exemplo.
Os dados divulgados na última terça-feira, 02 de fevereiro, apontam que as pessoas de fé têm uma média de satisfação com a vida de 7,6 pontos, numa escala que varia de 0 a 10. Cristãos (de todas as denominações) e judeus marcaram médias de 7,86 e 7,90, respectivamente.
Em contrapartida, as pessoas sem religião responderam, em média, 7,58 de felicidade com a vida, número inferior ao das pessoas da religião budista, que registrou a menor média entre os que creem: 7,61.
Muçulmanos alcançaram média de 7,64 de felicidade, atrás dos adeptos de outras religiões não especificadas (7,70); Sikh (7,72); e hindus (7,74).
A pesquisa, de acordo com o Telegraph, foi feita “em campo”, entrevistando 304.740 pessoas, e abordava outros temas ligados à nação, saúde e turismo.
Nesse cenário, o relatório do estudo mostrou que as pessoas com idades entre 65 a 79 anos foi o mais feliz de todos, enquanto os de meia-idade, na faixa entre 45 e 59, marcaram as menores médias.
Paul McLaren, psiquiatra consultor do Hospital Priory, comentou a pesquisa afirmando que a fé tem poder de proteção para as pessoas: “Com ela [fé], geralmente vem um forte apoio social, que é um fator de proteção reconhecido contra o trauma psicológico”.