Por mais que a expressão de fé dos funcionários e alunos da Baylor University, nos Estados Unidos, seja algo individual e devidamente amparada pela Constituição Americana, um grupo de ateus está tentando impedir com que um técnico faça orações com seu time, após o fim dos jogos.
O técnico é Deion Sanders, que comanda o time Colorado Buffaloes. De forma semelhante ao treinador Joe Kennedy, que também precisou passar por uma batalha em defesa da sua fé, Sanders tem o costume de orar após o fim das partidas de futebol americano.
A prática, porém, chamou atenção do grupo de ateus Freedom From Religion Foundation (FFRF), que enviou um documento à Universidade, questionando as práticas religiosas do treinador e sua equipe. O questionamento tem como base registros das orações feitas em campo.
“Deus, agradecemos esta noite pela vitória, obrigado por nos manter seguros. Obrigado que, apesar de nossas imperfeições, você ainda nos abençoou, Senhor. E obrigado por estar conosco até o fim”, diz o trecho de uma das orações divulgadas no Instagram.
Alegações
Para a FFRF, porém, a prática da oração ao fim dos jogos seria uma forma de coerção por parte do treinador Sanders. Isso porque, sem qualquer prova, a entidade alega que os estudantes estariam se sentindo com medo de alguma reação negativa, em caso de recusa.
“A equipe do treinador Sanders está cheia de atletas e estudantes que não arriscariam perder suas bolsas de estudo, o tempo de jogo ou uma recomendação favorável do treinador, mesmo que possam discordar fortemente das crenças e práticas religiosas exigidas”, dizem os ateus.
Também sem provas, a FFRF acusa o treinador cristão de utilizar o seu cargo para influenciar o entendimento dos seus atletas, dando a entender que eles próprios estariam agindo de maneira forçada, e não por livre escolha.
“Os treinadores exercem grande influência e poder sobre os alunos que seguem a sua liderança. Usar uma posição de treinador para promover o cristianismo equivale a uma coerção religiosa inconstitucional”, ressalta a organização.
De acordo com informações do portal cristão The Christian Post, até o momento a Universidade não respondeu aos questionamentos dos ateus.