A Polícia confirmou que a esposa de um pastor que havia sido encontrada morta em seu carro, em uma área isolada de um parque, tirou a própria vida com um tiro. O caso havia se tornado uma polêmica por conta da forma como o pastor anunciou sua perda durante o culto.
O legista do condado de Robeson, Dr. Richard Johnson, informou que Mica Miller foi responsável pelo disparo que tirou sua vida. Seu marido, o pastor John-Paul Miller, da igreja Solid Rock em Myrtle Beach, Carolina do Sul (EUA), afirmou aos fiéis que sua esposa havia cometido suicídio, mas essa informação ainda não havia sido oficializada pela Polícia.
Como o caso ainda estava aberto, comentários nas redes sociais – já que o culto havia sido transmitido online – especularam se o pastor teria algum envolvimento com a morte da esposa, já que ela havia dado entrada em um processo de divórcio em outubro passado, com esse pedido sendo arquivado no começo deste ano.
Um pastor que era conselheiro do casal e mentor teológico de Miller, Charles Randall, afirmou que estava com o viúvo no momento em que a Polícia informou que o corpo da esposa havia sido encontrado e relatou que a notícia o deixou completamente abalado.
Enquanto a informação sobre o suicídio de Mica não era confirmada pela Polícia, seus irmãos passaram a acusar o marido de ter cometido abusos contra ela, e iniciaram uma campanha online pedindo “justiça” no caso. O conselheiro do casal, em entrevista, afirmou que durante todo o período de terapia nunca houve queixas ou indícios de abusos.
Doenças mentais
O pastor Miller contou que a esposa havia sido diagnosticada em 2017 com “transtorno bipolar II, esquizofrenia e personalidade dependente”, e que enquanto ela tomava os medicamentos, ficava bem.
Posteriormente ela passou a se queixar do ganho de peso que os remédios haviam causado, e um episódio recente tinha influenciado em sua disposição de toma-los: uma amiga do casal disse que ela seria curada com orações e que ela não precisava ingerir mais os comprimidos. Ela passou a se recusar e isso desencadeou a crise que culminou com seu suicídio.
De acordo com a emissora ABC 15 News, o legista do caso declarou que “com base na natureza do ferimento, é consistente com um ferimento autoinfligido por arma de fogo”, e descartou os rumores de que o tiro havia sido pelas costas: “Não estava na nuca, como se especula”.
Johnson disse que não era o médico legista de plantão no fim de semana em que Miller morreu, mas foi ao local para ajudar o médico legista de plantão, e pediu que “todos aguardem o cronograma completo dos eventos antes de fazer suposições e chegar a conclusões”.
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