O caso de suicídio na Praça dos Três Poderes na noite da última quarta-feira, 13 de novembro, foi analisado pela psicóloga Marisa Lobo como uma demonstração de exaustão emocional, o que exige atenção sobre a saúde mental da sociedade.
O homem que detonou dois artefatos na Praça dos Três Poderes, um deles para tirar a própria vida, era Francisco Wanderley Luiz, de Rio do Sul, em Santa Catarina.
Marisa Lobo, psicóloga que tem dedicado parte de sua atuação profissional a analisar fenômenos sociais que resultam em desgaste da saúde mental em linhas gerais, afirmou que o episódio “expõe a forma problemática como a mídia e alguns setores da sociedade interpretam e lidam com esses acontecimentos”.
“Classificar este ato como terrorismo ou rotulá-lo como um ‘homem-bomba’ minimiza a complexidade do que realmente ocorreu. Agindo sozinho e em meio a um surto psicótico, esse indivíduo fez algo que não pode ser reduzido a um simples estigma”, escreveu a psicóloga, em artigo para o GospelMais.
O caso de suicídio vem sendo tratado por parte da imprensa e das autoridades como um evento político, mas Marisa Lobo pondera que diante do esgotamento social visto no país, é necessário um olhar de cautela: “Precisamos focar menos em disputas políticas e mais na compreensão do sofrimento humano e nas realidades que levam a atos extremos”.
“Além disso, devemos abordar os fatores sociais que contribuem para crises de saúde mental. Questões como dificuldades econômicas, fragilidade do apoio familiar e a ausência de políticas públicas eficazes não podem ser ignoradas. Um compromisso de todos os setores e seguimentos da sociedade, voltado para programas de prevenção e apoio, é essencial”, concluiu a psicóloga Marisa Lobo.
O doido que se matou em Brasília queria que Bolsonaro e Lula se afastassem da vida pública para “acabar com a polarização”.
Temos um isentão radical? pic.twitter.com/caTn7y3DKn
— Leandro Ruschel 🇧🇷🇺🇸🇮🇹🇩🇪 (@leandroruschel) November 14, 2024