A pregação sobre a volta de Jesus sumiu dos púlpitos das igrejas evangélicas contemporâneas, e esse comportamento despertou a preocupação em um pastor brasileiro, que listou quatro motivos principais para essa mudança.
“Por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir (Atos 1:9-11)”.
O pastor Renato Vargens usou seu blog para contar que na sua infância e adolescência “era muito comum os pastores e igrejas pregarem sobre a volta de Cristo”, mas que com o “advento do terceiro milênio, boa parte dos pastores […] deixou de tratar efetivamente desta verdade bíblica”.
“Por quais motivos as igrejas deixaram de tratar desse ensinamento bíblico? Sem querer ser simplista, penso que existe pelo menos quatro motivos para a igreja não tratar mais da volta de Jesus em seus púlpitos”, ponderou o pastor.
Confira a lista de motivos que Renato Vargens enxerga para a formação do cenário atual:
1) As mensagens pregadas nas igrejas estão muito mais focadas no aqui e agora do que na eternidade, o que se deve em parte, à teologia da prosperidade, que ao ser pregada e defendida pelos pastores tem introjetado no ouvinte a esperança de que uma vida de alegria e plenitude encontra-se nessa terra onde o crente em Jesus pode desfrutar de prosperidade e bênçãos materiais;
2) Em segundo lugar, o secularismo, [que] foi introduzido aos púlpitos das igrejas evangélicas levando boa parte dos pastores a substituírem pregações que tratam de questões escatológicas por mensagens relacionadas a uma vida de sucesso nesse mundo;
3) Em terceiro lugar o hedonismo. Essa talvez seja uma das mais fortes características de uma igreja que deixou de pregar sobre a volta de Cristo, isso porque, devido ao antropocentrismo reinante em nos púlpitos, Cristo foi trocado pela satisfação humana o que se faz perceptível pela ênfase das pregações onde o foco está no prazer e alegria do fiel;
4) Em último lugar, o desconhecimento bíblico dessa doutrina. Lamentavelmente a maior parte dos pastores desconhecem as principais doutrinas das Escrituras. Na verdade, como podem ensinar o que não entendem? As estatísticas por exemplo afirmam que 50,6% dos pastores nunca leram a Bíblia toda. Ora, se não leram vão pregar o que? Nada, não é mesmo?
O pastor ainda acrescentou à sua reflexão quatro passagens bíblicas que evidenciam que “nosso Senhor prometeu que voltará e isso se dará em breve”:
“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir” (Atos 1:9-11);
“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre” (I Tessalonicenses 4:16-17);
“Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam” (Hebreus 9:27-28 );
“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem” (Mateus 24:36-39).